Revista de História da Sociedade e da Cultura (Dec 2016)

As contas da Inquisição portuguesa: o exemplo dos tribunais de Évora e Lisboa (1701-1755)

  • Bruno Lopes

DOI
https://doi.org/10.14195/1645-2259_16_9
Journal volume & issue
Vol. 16

Abstract

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A partir dos relatórios de contas, elaborados anualmente por cada Mesa da Inquisição no ato de prestar contas ao Conselho Geral do Santo Ofício, pretende-se esboçar, com este trabalho, uma análise comparativa da estrutura das receitas dos tribunais de Évora e de Lisboa. Será alvo de estudo a composição das receitas inquisitoriais afetas aos tribunais, na primeira metade do século XVIII, dando ênfase a uma questão central: em que medida o confisco de bens aos sentenciados pela Inquisição contribuía para a subsistência financeira do Santo Ofício? A historiografia tem sugerido que a Inquisição contribuía com réditos financeiros para o equilíbrio das contas públicas e ao mesmo tempo autofinanciava-se a partir daqui. Há casos pontuais em que a primeira situação se verificou, sendo que o enfoque central deste trabalho não reside aqui. Não se sabe, contudo, em que medida o confisco era importante para a vida saudável dos cofres inquisitoriais. Importará, assim, analisar a composição global das rendas afetas aos tribunais, com o objetivo de compreender qual o peso do fisco. https://doi.org/10.14195/1645-2259_16_9

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