RevSALUS (Jan 2024)

Efeitos da osteopatia em pacientes com dismenorreia primária

  • Ana Santos,
  • Inês Silva,
  • Mariana Monteiro,
  • Rita Arcanjo,
  • Natália Campelo,
  • Helena Sousa

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.778
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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Introdução: A dismenorreia primária é a patologia ginecológica que afeta mais mulheres em idade fértil estando associada a elevadas taxas de absentismo laboral, pelo impacto negativo que pode ter na qualidade de vida (Ju et al., 2013). Objetivo: Averiguar, através de uma análise crítica da qualidade metodológica, os efeitos da intervenção osteopática na sintomatologia decorrente da dismenorreia primária, bem como o impacto na qualidade de vida em mulheres entre a menarca e a menopausa. Métodos: Através de uma pesquisa, realizada em 25 de abril de 2022, nas bases de dados PubMed, Science Direct, Web of Science Core Collection e EBSCOhost Datasets foram selecionados ensaios clínicos randomizados publicados entre 2012 e 2022, cuja abordagem consistisse numa intervenção osteopática ou intervenção realizada por um osteopata, em participantes com dismenorreia primária. Foram incluídos estudos que avaliassem pelo menos um dos outcomes estipulados de acordo com o método PICO, nomeadamente, a dor e sintomatologia associadas a episódios de dismenorreia e o impacto no bem-estar geral da população em estudo (Wright et al., 2007). Aplicando os critérios de elegibilidade e inclusão, a extração de dados e avaliação da qualidade metodológica foi realizada por dois revisores independentes, intervindo um terceiro em caso de discórdia (Newton, 2014). Resultados: No decurso da pesquisa foram identificados doze artigos, sendo que apenas três cumpriam os critérios de inclusão estipulados. O risco de viés das suas metodologias foi analisado segundo os critérios da ferramenta Cochrane Risk of Bias, identificando-se classificações de baixo risco na maioria dos parâmetros avaliados. Os resultados apresentados defendem a existência de evidência do impacto positivo da osteopatia nesta população, verificando-se uma diminuição da dor lombo pélvica, dor abdominal (intensidade, duração e número de dias), toma de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), absentismo, bem como uma melhoria na qualidade de vida geral. Conclusão: A atual revisão sistemática revela resultados significativos do impacto da abordagem osteopática em mulheres com dismenorreia primária, demonstrando melhorias nos sintomas associados e na qualidade de vida. Contudo, a ausência da cegueira profissional e de protocolos detalhados constituem fontes de viés relevantes. Assim, são recomendados estudos futuros com amostras mais representativas da população, aplicando metodologias mais robustas.

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