Latin American Literary Review (Nov 2024)

The particular intermedial technography of Euclides da Cunha's <em>Os Sertões </em>(<em>Rebellion in the Backlands</em>)

  • João Queiroz,
  • Ana Luiza Fernandes

DOI
https://doi.org/10.26824/lalr.494
Journal volume & issue
Vol. 51, no. 103

Abstract

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ABSTRACT: Os Sertões (Rebellion in the Backlands) by Euclides da Cunha is an intermedial project. Its "particular technography," as Euclides envisioned it in a letter to José Veríssimo, "embodies itself" in a "transgression of genres" (as argued by Haroldo de Campos) and requires the use of maps and photographs. As a photobook of literature, this work is the most notable example of an expanded experiment in Brazilian literature from the early 20th century. In Os Sertões, there are at least two descriptive levels that should not be confused in analysis. Its macrostructure, conceived as an intermedial project, intersperses, over more than 600 pages, images by cartographers and photos from the Flávio de Barros collection. This architecture depends on the microstructure of local text-image interaction, a property we refer to here as co-location. This article focuses on the macrostructure of the work. It compares text-image co-localization structures in various passages of the book. Five editions were directly compared (1902, 1903, 1905, 1923, 1933). The conclusion is that the macro-structural architecture of the work, as conceived and supervised by Euclides, is clearly disregarded in the posthumous editions of his work. KEYWORDS: Os Sertões (Rebellion in the Backlands), literary photobooks, intermediality, text-image co-localization. RESUMO: Os Sertões (Rebellion in the Backlands) de Euclides da Cunha é um projeto intermidiático. Sua "tecnografia particular", como Euclides a concebeu em carta a José Veríssimo, "se incorpora" em uma "transgressão de gêneros" (como argumenta Haroldo de Campos) e requer o uso de mapas e fotografias. Como um fotolivro de literatura, esta obra é o exemplo mais notável de um experimento expandido, na literatura brasileira do início do século XX. Em Os Sertões há pelo menos dois níveis de descrição que não devem ser confundidos na análise. Sua macroestrutura, concebida como um projeto intermidiático, intercala, ao longo de mais de 600 páginas, imagens de cartógrafos e fotos da coleção Flávio de Barros. Essa arquitetura depende da microestrutura de interação local texto-imagem, uma propriedade a que nos referimos aqui como co-localização. Este artigo concentra-se na macroestrutura da obra. Ele compara estruturas de co-localização texto-imagem em várias passagens do livro. Cinco edições foram diretamente comparadas (1902, 1903, 1905, 1923, 1933). A conclusão é que a arquitetura macroestrutural da obra, conforme concebida e supervisionada por Euclides, é claramente desconsiderada em edições póstumas. PALAVRAS-CHAVE: Os Sertões (Rebellion in the Backlands), fotolivros de literatura, intermidialidade, co-localização texto-imagem.

Keywords