Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Dec 2011)

Fungemia in a university hospital: an epidemiological approach Fungemia em hospital universitário: uma abordagem epidemiológica

  • Fabíola Maria Marques do Couto,
  • Daniele Patrícia Cerqueira Macedo,
  • Rejane Pereira Neves

Journal volume & issue
Vol. 44, no. 6
pp. 745 – 748

Abstract

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INTRODUCTION: Fungemia corresponds to the isolation of fungi in the bloodstream and occurs mostly in immunosuppressed patients. The early diagnosis and treatment of these infections are relevant given the serious threat to the affected patients and possible spread to other organs, often becoming fatal. The growing number of fungemia associated with poor prognosis resulted in this research aiming to diagnose and assess the epidemiological aspects of hematogenous infections by fungi. METHODS: The study included 58 blood samples collected within a 1-year period, from patients at the Hospital das Clinicas, Federal University of Pernambuco, by venipuncture in vacuum tubes. Blood samples were processed for direct examination and culture and identification, conducted by observing the macroscopic and microscopic characteristics, as well as physiological characteristics when necessary. RESULTS: Eight (13.8%) episodes of fungemia were identified, accounting for the total sample, and these pathogens were Candida, Histoplasma, Trichosporon, Cryptococcus, and a dematiaceous fungus. C. albicans was the prevalent species, accounting for 37.5% of the cases. Most affected patients were adult males. There was no predominance for any activity, and the risk of acquired immunodeficiency syndrome was the underlying pathology most often cited. CONCLUSIONS: The isolation of fungi considered as emergent species, such as C. membranifaciens and dematiaceous species, highlights the importance of epidemiological monitoring of cases of fungemia in immunocompromised patients, as the therapy of choice depends on the knowledge of the aethiological agent.INTRODUÇÃO: Fungemia corresponde ao isolamento de fungos na corrente sanguínea e ocorre, sobretudo, em pacientes imunossuprimidos. O diagnóstico e tratamento precoce destas infecções são relevantes diante da grave ameaça aos pacientes acometidos e possível disseminação via hematogênica para outros órgãos, tornando-se muitas vezes fatal. O crescente número de casos de fungemia associados ao mau prognóstico resultou na realização desta pesquisa que teve por objetivo diagnosticar e avaliar aspectos epidemiológicos das infecções hematogênicas por fungos. MÉTODOS: O estudo incluiu 58 amostras de sangue coletadas, durante um ano, de pacientes internados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, através da punção venosa em tubos a vácuo. As amostras de sangue foram processadas para exame direto e cultura e a identificação, conduzida através da observação das características macroscópicas, microscópicas e quando necessárias fisiológicas. RESULTADOS: Oito (13,8%) episódios de fungemia foram identificados, correspondendo ao total das amostras e os agentes etiológicos envolvidos foram Candida, Histoplasma, Trichosporon, Cryptococcus e um fungo demáceo. C. albicans foi a espécie prevalente com 37,5% dos casos. A maior parte dos pacientes acometidos pertencia ao sexo masculino, na idade adulta. Não houve predominância para nenhuma atividade de risco e a síndrome da imunodeficiência adquirida foi a patologia de base mais citada. CONCLUSÕES: O isolamento de fungos considerados emergentes como C. membranifaciens e espécies demáceas ressaltam a importância do acompanhamento epidemiológico dos casos de fungemia em imunocomprometidos, uma vez que a escolha terapêutica depende do conhecimento do agente etiológico.

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