Colloquium Agrariae (Jun 2019)
SATURAÇÃO POR BASES NA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA COM CULTIVO DE MILHO NOS DOIS PRIMEIROS ANOS
Abstract
A maioria das pastagens no Cerrado encontram-se com algum grau de degradação. A estratégia de introduzir a cultura do milho em consórcio com capim na recuperação das pastagens é uma alternativa viável. Mas como os solos do Cerrado são ácidos, para que essa técnica seja viável, dentre tantos outros fatores, um dos principais é conhecer qual o nível de saturação por bases para o milho em consórcio. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar níveis de saturação por bases na cultura do milho, consorciado ou não com Brachiaria brizantha cv. Marandu. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, dispostos em esquema fatorial 4x2, sendo: quatro níveis de saturação por bases do solo (25% “controle: sem calcário”, 45, 60 e 75%) e duas formas de cultivo (consorciado e solteiro). No primeiro ano de avaliação não houve diferença para nenhum dos fatores testados. No segundo ano, as formas de cultivo também não diferiram, já os níveis de saturação influenciaram a cultura do milho, onde no cultivo consorciado os níveis de saturação por bases próximas de 56 e 53%, apresentaram maiores valores para altura de planta e altura de inserção de espiga, respectivamente. A produtividade do milho em cultivo solteiro, foi maior na saturação por base aproximadamente 47%, já para o consorciado a máxima produtividade foi obtida na saturação próxima a 65%. O consórcio com capim Marandu não interferiram na produtividade do milho. O milho não respondeu a aplicação de calcário no mesmo ano de cultivo. As saturações por bases que resultaram em maiores produtividades foram próximas de 50 e 65% para cultivo solteiro e consorciado, respectivamente.