CoDAS (Feb 2025)
Função de crescimento das EOAPD em escolares com prejuízo em habilidade auditiva de ordenação temporal
Abstract
RESUMO Objetivo Investigar se as respostas cocleares de um grupo de crianças com testes de ordenação temporal dentro da normalidade seriam distintas daquelas encontradas em crianças com tais testes alterados. Método Participaram do estudo 25 crianças entre 8 e 13 anos, com limiares audiométricos normais, timpanometria tipo A e emissões otoacústicas-produto de distorção (EOAPD) presentes em ambas as orelhas. Destas, 13 crianças formaram o Grupo Estudo e 12 o Grupo Controle. O Grupo Estudo se diferenciou do Grupo Controle por apresentar alteração em testes auditivos temporais. Além dos testes para averiguar os critérios de inclusão, foi realizado o registro da curva de crescimento das EOAPD para três diferentes frequências f2, respectivamente 2002, 3003 e 4004 Hz. Os estímulos foram apresentados na intensidade de f2 (L2) de 20 a 65 dBNPS em degraus de 5 dB e o nível de intensidade de f1 (L1) seguiu a fórmula: L1=0,4L2+39 dB. Os dados foram tratados estatisticamente, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados Os grupos não se diferenciaram em relação aos valores das EOAPD convencionais (DP-Grama). O Grupo Estudo diferenciou-se do Grupo Controle por exibir tanto o limiar (p=0,034), como o slope mais elevado (p=0,043) nas curvas de crescimento de EOAPD, isoladamente na frequência de 2000Hz. Conclusão Crianças com alteração em testes de ordenação temporal necessitam de uma maior intensidade para alcançar o limiar das EOAPD na frequência de 2000 Hz quando comparadas às crianças sem queixas, apresentando também uma amplificação coclear mais linear nessa mesma frequência, indicada pelo aumento do valor do slope.
Keywords