Revista Vortex (Jun 2025)
Tinctoris sobre as falsas concordâncias: um erro cometido por todos os compositores?
Abstract
O presente artigo retoma a crítica de Tinctoris às falsas concordâncias presentes em composições de Guillaume Faugues, Antoine Busnoys e Firminus Caron. Objetiva-se analisar criticamente um ponto de vista histórico sobre os intervalos que atualmente chamamos de aumentados e diminutos na polifonia vocal do século XV. Para tanto, revisa-se três publicações musicológicas que tratam diretamente da questão: Berger ([1987] 2004), Urquhart (1999) e Bent (2001). Notando que as regras de contraponto não tratam da exclusão de um intervalo em particular, mas da correta ordenação dos elementos musicais na trama polifônica, conclui-se que as falsas concordâncias participam da realização do ideal da harmonia, uma vez que são elementos de diversidade necessários à consecução da variedade de razões que sustenta a chamada composição encantadora, o contraponto florido.
Keywords