Revista Gestão Universitária na América Latina (Sep 2020)

Governança corporativa em instituições de educação superior privadas: evidências do mercado de capitais brasileiro

  • Annor da Silva Junior,
  • Vitor Correa da Silva,
  • Miguel Carlos Ramos Dumer,
  • Priscilla de Oliveira Martins-Silva

DOI
https://doi.org/10.5007/1983-4535.2020v13n3p164
Journal volume & issue
Vol. 13, no. 3

Abstract

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Analisou-se neste artigo a governança corporativa em Instituições de Educação Superior (IES) brasileiras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B[3]). Apoiado na teoria de agência, articulou-se a perspectiva conceitual acerca da governança corporativa para identificar a configuração da estrutura de governança das instituições. Realizou-se uma pesquisa documental, por meio de triangulação de dados no período de 2013 a 2018. Na análise da configuração foram utilizadas 12 características definidoras e a mensuração do índice de governança corporativa por meio de modelo com 4 dimensões e 16 perguntas. Os resultados indicam a presença de dois grupos de instituições. Enquanto a Estácio Participações S.A. e a Kroton Educacional S.A. formam o grupo das instituições cuja governança se caracteriza pela composição acionária pulverizada, controle exercido pelo Chief Executive Officer (CEO), problema de agência do tipo I (propriedade e agência) e com índice de governança avançado; a Anima Holding S.A. e a Ser Educacional S.A. formam o outro grupo cuja governança se caracteriza pela composição acionária concentrada, controle exercido pelos acionistas, problema de agência do tipo II (majoritários e minoritários) e com índices de governança avançado/alto. As diferenças entre os grupos geram impactos na relação das IES com o mercado, sobretudo em termos de captação de recursos.