Coleção Meira Mattos (Oct 2019)

Construindo a escada para o tabuleiro superior

  • Victor Carneiro Corrêa Vieira

Journal volume & issue
Vol. 10, no. 37
pp. 71 – 83

Abstract

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Abandonando a posição de expectadores, Brasil, Rússia, Índia, China e posteriormente a África do Sul decidiram aprofundar aquilo que antes era apenas uma sigla cunhada por um banco de investimentos e criar um agrupamento de concertação entre as principais economias em desenvolvimento do mundo, os BRICS. O grupo que parecia limitar-se ao uso da retórica ao pleitear reformas no sistema internacional, demonstrou em 2014 que com articulação e agência é possível que países tão diferentes alinhem seus interesses para alcançar um objetivo comum, um reformismo brando do sistema internacional. A cúpula de Fortaleza logrou em fundar as bases do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas e de uma cooperação entre os BRICS e a UNASUL, tendo o Brasil como seu principal articulador. O artigo pretende analisar a forma como o Brasil percebe os BRICS como um foro propício para amplificar a cooperação para o desenvolvimento no Sul Global, tendo por base a pergunta: qual tipo de liderança o Brasil pretende exercer no Sul Global a partir dos BRICS?

Keywords