Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

MEU AMIGO PACIENTE - UTILIZAÇÃO DE FANTOCHES COMO INSTRUMENTO TERAPÊUTICO NO PRONTO SOCORRO INFANTIL

  • H Chiattone,
  • RC Rocha,
  • AT Ribeiro,
  • ABS Oliveira,
  • CF Fontana,
  • TG Caetano,
  • SS Lima,
  • B Rebecchi,
  • FT Fiorentino,
  • JC Rodrigues

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S1206 – S1207

Abstract

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As atividades lúdicas, como a criação de fantoches, desempenham um papel crucial na vida das crianças hospitalizadas, aliviando o estresse e ajudando na compreensão do processo de tratamento. Fazer fantoches permite que as crianças expressem suas emoções de forma não verbal e compreendam melhor suas experiências médicas. Além disso, essa atividade estimula a interação social, é conduzida por profissionais de saúde mental, e pode se tornar uma lembrança positiva do hospital. Os fantoches também ajudam a explicar procedimentos médicos de forma lúdica, tornando-se “pacientes” que estreitam laços com as crianças, reduzindo o medo e funcionando como um processo psicoterapêutico para toda a família. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo apresentar a utilização de fantoches como instrumento terapêutico na chegada do paciente pediátrico ao Pronto Socorro Infantil. Material e métodos: São utilizados como materiais: meias, agulha, linha colorida, tesoura, cola quente, botões, cola para tecido, olhos moveis, bolinhas de isopor, fios de lã/barbante/linha, tecidos diversos, canetas ou tintas para tecidos, algodão/espuma. Nossa abordagem teve como foco oferecer apoio aos pacientes e seus familiares no Pronto Socorro Infantil (PSI) do Hospital São Luiz - Anália Franco. Durante a oficina, convidamos as crianças que estavam na recepção do PSI a participar da criação de fantoches feitos a partir de meias. Além disso, disponibilizamos exemplos impressos para facilitar a compreensão da ideia central da atividade. Enquanto as crianças confeccionam os fantoches, os Psicólogos estimulam a expressão de sentimentos compreender o significado por trás da escolha de seus bonecos, e os motivos que as levaram até o hospital. Ao término da atividade, cada paciente pôde levar consigo o seu próprio fantoche como lembrança desta experiência única. Resultados: As crianças hospitalizadas relataram diversas queixas físicas, mas permaneceram calmas e aproveitaram a atividade de confecção de fantoches. Essa atividade proporcionou tranquilidade aos pais, que se sentiram mais seguros ao verem seus filhos engajados. A experiência positiva foi tão marcante que muitos continuaram a atividade após a alta hospitalar. O projeto “Meu Amigo Paciente” combina entretenimento e apoio emocional, ajudando as crianças a expressarem suas emoções e medos de forma não verbal, reduzindo o estresse hospitalar e criando um ambiente acolhedor. Conclusão: A confecção de fantoches no ambiente hospitalar mostrou resultados notáveis, ajudando as crianças a lidar melhor com a espera pelo atendimento e entender os procedimentos médicos. Essa atividade proporcionou uma forma não verbal de expressar emoções e medos, crucial para aquelas com dificuldades de comunicação. Os pais também se sentiram mais tranquilos e expressaram gratidão pela iniciativa, evidenciando seu impacto positivo. Constatamos que a atividade com fantoches facilitou a expressão emocional das crianças, ajudando no bem-estar e na melhor compreensão de sua situação. A intervenção lúdica também se mostrou eficaz em melhorar a colaboração das crianças e reduzir reações agressivas durante os tratamentos. A relevância do psicólogo no ambiente hospitalar é evidente, e esses benefícios podem ser estendidos a todos os pacientes, incluindo idosos, pois o equilíbrio emocional e psicológico influencia positivamente a recuperação física e o sucesso do tratamento.