Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (May 2010)

Solução oral escalonada de misoprostol para indução do parto: estudo piloto Titrated oral solution of misoprostol for labour induction: a pilot study

  • Alex Sandro Rolland Souza,
  • Adriana Scavuzzi,
  • David Coelho Rodrigues,
  • Roberta Dantas de Oliveira,
  • Francisco Edson Lucena Feitosa,
  • Melania Maria Ramos Amorim

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-72032010000500002
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 5
pp. 208 – 213

Abstract

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OBJETIVO: avaliar a efetividade e a segurança da administração de uma nova formulação de misoprostol em solução por via oral, com doses escalonadas, para indução do parto de feto vivo a termo. MÉTODOS: realizou-se um estudo multicêntrico, do tipo ensaio clínico, aberto, não-randomizado, no período de Julho a Dezembro de 2008. Foram incluídas 30 pacientes com indicação de indução do trabalho de parto, a termo, com feto vivo, índice de Bishop 5. Foram excluídas mulheres com cicatriz uterina, cardiotocografia alterada, gestação múltipla, restrição de crescimento fetal, hemorragia genital e presença de tumores, ulcerações ou malformações genitais. A dose inicial da solução oral foi de 20µg/h de misoprostol, nas primeiras 6 horas, aumentando em 20µg/h de misoprostol a cada 6 horas, se o trabalho de parto não fosse deflagrado, até uma dose máxima de 80µg/h, nas primeiras 24 horas, mantendo a dose máxima (80µg/h) por mais 24 horas, se necessário. RESULTADOS: o trabalho de parto foi induzido satisfatoriamente em 96,7% das gestantes. O intervalo entre a primeira dose e o início das contrações uterinas foi de 3,8±1,8 horas, enquanto o intervalo entre a dose inicial e o parto variou entre 6 e 24 horas. A frequência de parto vaginal foi de 80% (n=24). A maioria das gestantes iniciou o trabalho de parto com a dose de 20µg/h (60%; n=18). A taquissistolia ocorreu em 13,3% das gestações e líquido meconial foi detectado em 20% dos casos. Houve dois casos de escore de Apgar PURPOSE: to test effectiveness and safety of the oral administration of a new misoprostol formulation in titrated doses for the induction of delivery of a live fetus at term. METHODS: an open pilot multicenter, non-randomized clinical trial was conducted from July to December 2008. A total of 30 patients with indications for induction of labor were included. The patients had a live fetus, Bishop score 5. Exclusion criteria were previous uterine scar, non-reassuring fetal heart rate tracing, multiple pregnancy, fetal growth restriction, genital hemorrhage and presence of genital tumors, ulcerations or malformations. An initial dose of 20µg/hour of the oral misoprostol solution was used in the first 6 hours, and was increased progressively to 20µg/hour every 6 hours if labor did not start, up to a maximum dose of 80µg/h in the first 24 hours, maintained for additional 24 hours if necessary. RESULTS: labor was satisfactorily induced in 96.7% of patients. The interval between the first dose and the beginning of uterine contractions was 3.8±1.8 hours. The interval between the initial dose and delivery varied from 6 to 24 hours. The frequency of vaginal delivery was 80% (24 cases). Most of the patients (60%; n=18) initiated labor with a dose of 20mg/hour. Tachysystole occurred in 13.3% of women and meconium-stained fluid was detected in 20% of cases. There were two cases of Apgar scores <7 in the first minute and no Apgar score <7 in the fifth minute. CONCLUSIONS: the oral solution of misoprostol was effective and safe for the induction of labor. However, further randomized controlled trials are needed to compare this new formulation with misoprostol administered by the vaginal route.

Keywords