Revista de Filosofia (Apr 2022)
Corpos (in)dóceis:
Abstract
Neste artigo, pretendo refletir, partindo do entendimento do último Foucault sobre Baudelaire, de que o estilo de vida cínico, que o filósofo francês encontrou entre os gregos, é algo raro e singular entre os modernos e, por isso, a vida artista, como apresentada em Le courage de la vérité, torna-se essencial na medida em que ela seria o exemplo mais forte, na modernidade, de luta e de resistência. Mesmo assim, o que tentarei mostrar é que Foucault ainda parece dizer o quão pouco gregos nós, modernos, somos, e da nossa dificuldade em tornar nossa vida obra de arte e, portanto, resistir às tecnologias do biopoder.
Keywords