Revista Dor (Mar 2014)

Situação difícil em dor oncológica: dor do tipo breakthrough

  • Rafael Toledo Enes Nogueira,
  • Érica Brandão de Moraes Vieira,
  • Luis Henrique Albuquerque Sousa,
  • João Batista Santos Garcia

DOI
https://doi.org/10.5935/1806-0013.20140010
Journal volume & issue
Vol. 15, no. 1
pp. 41 – 47

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor do tipo breakthrough ocorre com frequência em pacientes oncológicos e é pouco estudada no Brasil. Este estudo teve como objetivo estudar as características da dor do tipo breakthrough e comparar a evolução durante três dias.METODOS: Trata-se de um estudo longitudinal em que foi aplicado um questionário específico criado para a pesquisa e composto por dados sociodemográficos (idade, gênero, estado civil, profissão, renda, procedência), dados referentes ao câncer (tipos de tumor primário, existência de metástase, abordagem terapêutica como quimioterapia e/ou radioterapia, tratamento cirúrgico e fármacos) e parâmetros referentes à dor do tipo breakthrough(número de episódios por dia, duração da crise, intensidade, velocidade de inicio da dor e as variedades de dor do tipo breakthrough: espontânea, incidental e falha do fármaco no final da dose).RESULTADOS: A maioria era do gênero feminino (71,7%), com idade de 30 a 50 anos (41,7%), realizava quimioterapia e radioterapia concomitante (41,7%), e tinha câncer de colo uterino (54,2%). A média da intensidade dolorosa foi 7, com desvio padrão de 2,3. Em relação à presença de dor do tipo breakthrough, não houve diferença estatisticamente significativa nos três momentos de avaliação. Durante as três avaliações observou-se que houve redução no percentual de pacientes que sentiam dor com tempo acima de 15 minutos na terceira avaliação (p=0,004). Não houve diferença entre as três avaliações quanto ao perfil farmacológico (p=0,34).CONCLUSÃO: A dor do tipo breakthrough foi frequente na população estudada. O uso de opioides mostrou eficácia na diminuição do tempo de dor e dor espontânea.

Keywords