PREVALÊNCIA DE MARCADORES SOROLÓGICOS EM DOADORES DE SANGUE DE PRIMEIRA VEZ NO BANCO DE SANGUE SÃO PAULO – GRUPO GSH

Abstract

Objetivos: No Brasil, aproximadamente 1,4% realizam doações de sangue regularmente, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes e um total de 3.159.774 milhões de doações de sangue por ano no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados de 2022. Em São Paulo, em 2022, 734.654 doações de sangue foram realizadas. O sangue total e todos os seus componentes, passam por uma triagem sorológica, para detectar marcadores para doenças infecciosas e que podem ser transmitidas durante a transfusão sanguínea. O doador de primeira vez: é aquele indivíduo que doa pela primeira vez naquele serviço de hemoterapia e o objetivo desse trabalho foi avaliar o índice de inaptidão sorológica nesse perfil de doadores. Método: Foi realizado um estudo transversal, utilizando a base de dados do programa empregado no Banco de Sangue São Paulo com os dados dos candidatos à doação de primeira vez que tiveram triagem sorológica positiva, de 2020 a 2022. Resultados: Em 97.500 doações, para os doadores de primeira vez, a inaptidão total foi de 1,18% (1.151). Para anti-HBc 0,35% (340), sífilis 0,46% (445), HBsAg 0,01% (14), anti-HIV 0,03% (26), anti-HCV 0,01 (14), Chagas 0,03% (26) e anti-HTLV 0,03 (28). Estratificando pelo sexo, para homens 58,82% (677) e para mulheres 41,27% (475). Separando pelos anos, em 2020 foram 1,6% (205) em doadores de primeira vez, em 2021 1,23% (485) e em 2022 1,19% (461). Discussão: Os doadores de primeira vez é o que apresenta o maior índice de inaptidão, pois é o perfil que mais comparece aos bancos de sangue para realizar doações de sangue. Entre os resultados, o marcador com maior inaptidão é sífilis 0,46% seguido pelo anti-Hbc 0,35%, de acordo com outros estudos de marcadores sorológicos positivos e os homens também representam os que possuem uma maior inaptidão sorológica. Conclusão: Para iniciar o ciclo de doações, todo o doador começa sendo o perfil de primeira vez, os serviços de hemoterapia devem desenvolver estratégias com foco, para que fidelizar esses doadores para que se tornem doadores de repetição (que realiza 2 duas ou mais doações no período de 12 doze) e em esporádico (que repete a doação após intervalo superior a 12 meses), pois com um perfil sorológico conhecido com predominância menor de infecções, é uma garantia muita mais segura para o processo transfusional.