Revista Brasileira de Anestesiologia (Dec 2001)

Efeito preemptivo da morfina por via venosa na analgesia pós-operatória e na resposta ao trauma cirúrgico Efecto preemptivo de la morfina por vía venosa en la analgesia pós-operatoria y en la respuesta al trauma quirúrgico The effect of preemptive intravenous morphine on postoperative analgesia and surgical stress response

  • Levent Kiliçkan

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942001000600005
Journal volume & issue
Vol. 51, no. 6
pp. 503 – 510

Abstract

Read online

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora os primeiros estudos sobre analgesia preemptiva tenham demonstrado que o bloqueio pré-operatório com anestésicos locais ou a medicação pré-anestésica com opióides sistêmicos eram mais eficazes no alívio da dor pós-operatória do que qualquer outro tratamento, o resultado de outros estudos comparando os efeitos do tratamento pré operatório ao mesmo tratamento iniciado após a cirurgia, produziram efeitos inconsistentes. As razões para essa falta de consistência não são claras. São poucos os estudos sobre a relação entre analgesia preemptiva e o consumo de analgésicos e a resposta ao trauma cirúrgico. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito preemptivo da morfina por via venosa preemptiva no consumo pós-operatório de analgésicos e na resposta ao trauma cirúrgico. MÉTODO: Participaram deste estudo 60 pacientes, estado físico ASA I ou II, com idades entre 20 e 60 anos, escalados para histerectomia abdominal total e salpingo-ooferectomia bilateral, que foram aleatoriamente distribuídos em três grupos de 20 pacientes. Grupo I (n=20) - 0,15 mg.kg-1 de morfina após a indução anestésica e soro fisiológico durante o fechamento do peritônio. Grupo II (n=20) - soro fisiológico após a indução e 0,15 mg.kg-1 de morfina durante o fechamento do peritônio. Grupo III (n=20) soro fisiológico durante a indução e o fechamento do peritônio. Foram medidos os níveis sangüíneos de cortisol e de glicose e feita a contagem de leucócitos nos períodos pré e pós-operatórios. RESULTADOS: O consumo total de morfina pós-operatória foi significativamente mais baixo no grupo I comparado ao grupo III (p JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: No obstante los primeros estudios sobre analgesia preemptiva hayan demostrado que el bloqueo pré-operatorio con anestésicos locales o la medicación pré-anestésica con opioides sistemicos eran mas eficaces en el alivio del dolor pós-operatorio de que cualquier otro tratamiento, el resultado de otros estudios comparando los efectos del tratamiento pré-operatorio al mismo tratamiento iniciado después de la cirugía, produjeron efectos inconsistentes. Las razones para esa falta de consistencia no son claras. Son pocos los estudios sobre la relación entre analgesia preemptiva y el consumo de analgésicos y la respuesta al trauma quirúrgico. El objetivo de este estudio fue evaluar el efecto preemptivo de la morfina por vía venosa preemptiva en el consumen pós-operatorio de analgésicos y en la respuesta al trauma quirúrgico. MÉTODO: Participaron de este estudio 60 pacientes, estado físico ASA I ó II, con edades entre 20 y 60 años, escaladas para histerectomía abdominal total y salpingo-ooferectomia bilateral, que fueron aleatoriamente distribuidos en tres grupos de 20 pacientes. Grupo I (n=20) - 0,15 mg.kg-1 de morfina después de la inducción anestésica y suero fisiológico durante el cerramiento del peritoneo Grupo II (n=20) - suero fisiológico después de la inducción y 0,15 mg.kg-1 de morfina durante el cerramiento del peritoneo. Grupo III (n=20) suero fisiológico durante la inducción y el cerramiento del peritoneo. Fueron medidos los niveles sanguíneos de cortisol y de glucosa y hecho el contage de leucocitos en los períodos pré y pós-operatorios. RESULTADOS: El consumen total de morfina pós-operatoria fue significativamente mas bajo en el grupo I comparado al grupo III (p BACKGROUNDS AND OBJECTIVES: Although initial studies of preemptive analgesia showed that preoperative blockade with local anaesthetics or pre-operative administration of systemic opioids was more effective in reducing postoperative pain than control conditions involving no treatment, the result of subsequent investigations comparing the effects of pre-operative treatment with the same treatment initiated after surgery have produced inconsistent results.The reasons for the lack of consistency are not clear. Studies about the relationship of preemptive analgesia and both analgesic consumption and surgical stress response are limited. The purpose of this study was to evaluate the effect of preemptive intravenous morphine on both postoperative analgesic consumption and surgical stress response. METHODS: Sixty patients, ASA lor II, aged 20-60, undergoing total abdominal hysterectomy plus bilateral salphingo-opherectomy were randomly assigned to three groups of 20 patients. Group I (n = 20) received 0.15 mg.kg-1 of morphine following induction and placebo saline during peritoneal closure. Group II (n = 20) received placebo saline following induction and 0.15 mg.kg-1 of morphine during peritoneal closure. Group III (n = 20) received placebo salin, both during induction and peritoneal closure. Blood cortisol, glucose levels and leukocyte count were measured in the pre and postoperative period. RESULTS: Postoperative total morphine consumption was significantly lower in group I compared with group III (p < 0.001). In all groups, plasma cortisol levels increased significantly within 4 h of surgery as compared to pre-op values (p < 0.001). Plasma glucose levels also increased significantly in all groups of the postoperative at 30 minutes and 8 hours period (p < 0.001). Postoperative leukocytosis was observed in all groups and the leukocyte count was significantly greater during the postoperative period than preoperative values (p < 0.001). CONCLUSIONS: Preemptive intravenous morphine 0.15 mg.kg-1 has decreased total morphine consumption but has failed to supress the surgical stress response.

Keywords