Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Jul 2006)
Diagnóstico pré-natal de gêmeos unidos com uso da ressonância nuclear magnética: relato de dois casos Prenatal diagnosis of conjoined twins by magnetic resonance imaging: report of two cases
Abstract
A gemelaridade imperfeita é entidade bastante rara e de grande interesse para fetólogos e obstetras em geral. Sua incidência estimada varia de 1:50.000 a 1:200.000 nascimentos. Seu diagnóstico precoce se faz necessário, tendo em vista sua importância para o prognóstico da gestação, correta determinação da via de parto e o planejamento pós-natal. Os dois casos relatados são de gêmeos unidos diagnosticados no pré-natal através da ultra-sonografia e ressonância nuclear magnética, para estudo do compartilhamento dos órgãos e melhor definição das relações anatômicas. O primeiro par gemelar foi cefalópago, ou seja, unidos pela cabeça, tórax e abdome, com duas pelves e oito membros. O segundo foi toracópago, ou seja, unidos pelo tórax e abdome superior. A ressonância magnética pouco contribuiu para o diagnóstico de gêmeos unidos. Entretanto, se mostrou de grande auxílio na descrição dos órgãos compartilhados entre os fetos, contribuindo na definição do prognóstico fetal.Conjoined twins have a rare prevalence and special curiosity among physicians and the general population. The reported frequency varies from 1:50,000 to 1:200,000 pregnancies. Its early diagnosis becomes very important when we think about pregnancy management, method of delivery and neonatal care. We describe two cases of conjoined twins diagnosed by ultrasound and magnetic resonance during prenatal care with the aim to better studying the fetus anatomy. The first conjoined twins were cephalopagus sharing head, thorax and abdominal wall and with two pelvis and four arms and four legs. The second were thoracopagus, united by thorax and part of abdomen. Magnetic resonance imaging contribution was not important to diagnose conjoined twins. However, it was useful to describe the shared organs, contributing to define fetal outcome.
Keywords