Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2021)

INTENÇÃO DO ATIRADOR DO TIRO DE GUERRA PARA A DOAÇÃO DE SANGUE E AO CADASTRO PARA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

  • AGS Silva,
  • AFS Rocha,
  • FD Paula,
  • PM Nunes,
  • LN Garcia,
  • LSC Pacheco,
  • RKD Nunes,
  • AS Ferreira,
  • MTCL Abreu

Journal volume & issue
Vol. 43
pp. S347 – S348

Abstract

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Introdução: Com base na Lei do Serviço Militar (LSM), o Exército Brasileiro denomina de “atirador” o jovem matriculado no Tiro de Guerra (TG). Extensionistas do Programa “Amizade Compatível - uma doação para a vida”realizaram ações de conscientização com os atiradores do TG de Uberaba em parceria com o Projeto Maçom Sangue Bom. Objetivo: Analisar o conhecimento de atiradores do tiro de guerra sobre os temas doação de sangue (DS) e medula óssea (MO). Metodologia: O TG de Uberaba possui o contingente de 200 atiradores dos quais 195 (96%) participaram da ação de conscientização. Foram realizados quatro encontros com os atiradores pela plataforma Google Meet. Durante estes momentos houve sensibilização, esclarecimentos e conscientização da importância da DS, da fidelização do doador e do cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Ao final da ação extensionista os atiradores tiveram acesso a um formulário com questões sobre: idade, escolaridade, tipo sanguíneo, cadastro/DS e MO, se haviam parentes que já precisaram de transfusão sanguínea, vontade de doar sangue, se já haviam recebido informações sobre os temas abordados, satisfação com a ação, situações de inaptidão temporária e redes sociais utilizadas. Resultados: Dos 195 participantes somente um não respondeu ao formulário. A idade variou entre 18 e 21 anos. 88,4% dos atiradores possuíam ensino médio completo, 5,7% fundamental completo, 4,6% assinalaram “outros” e 1,5% não responderam. Sobre o grupo sanguíneo ABO Rh, 65,4% não sabiam seu tipo, porém 99,9% achavam importante ter a informação. 91,8% nunca doaram sangue e 89,2% tem vontade de doar. Em relação a possuírem parentes que já necessitaram de transfusão sanguínea, 25,2% referiam que parentes já precisaram dessa terapêutica e 74,8% não precisaram. Dos que já realizaram a doação (8,2%), 68,8% doaram somente uma vez e 50% possuíam parentes que necessitaram de transfusão de sangue. Sobre o cadastro para doação de MO 96,3% não são cadastrados. 66% relataram ter recebido alguma informação sobre DS e MO antes da palestra, enquanto os demais nunca haviam recebido. Porém, 64% acreditavam que não tinham conhecimento suficiente sobre estes temas. 99,4% relataram que a palestra foi capaz de sanar as dúvidas e 96,9% relataram que ficaram muito satisfeitos ou satisfeitos com a atividade realizada. 95% dos atiradores utilizam alguma rede social entre Instagram, Facebook, Twitter, Tiktok e destes 84% utilizam mais de uma. Houve um acerto de 97,4% nas perguntas sobre inaptidão temporária para DS realizadas após a palestra. Discussão: Atendendo as diretrizes do Ministério da saúde que buscam estratégias educativas para promoção da doação voluntária de sangue e formação de multiplicadores, os TGs constituem um importante ambiente para a realização dessas atividades. Muitas campanhas para DS são realizadas envolvendo atiradores dos TGs, entretanto as ações extensionistas direcionadas a esclarecimento e sensibilização para DS e MO e, também, para fidelização do doador ainda são importantes pois dois terços do contingente acreditava não possuir conhecimento suficiente e quase cem porcento deles relataram que as ações de extensão foram capaz de sanar suas dúvidas. Conclusão: A realização de ações de extensão é importante para a conscientização de jovens adultos que apresentaram expressiva satisfação com a atividade e absorção de conhecimento sobre a DS e de MO e estes podem ser multiplicadores destes temas na comunidade.