Pensar Enfermagem (Jun 2025)

A confiança dos pais no cuidado ao recém-nascido: uma revisão scoping

  • Rita Martins,
  • Maria Helena Presado,
  • Sandra Risso

DOI
https://doi.org/10.71861/pensarenf.v28isup.391
Journal volume & issue
Vol. 28, no. Sup

Abstract

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Introdução Com o nascimento de um filho surgem cuidados essenciais ao seu desenvolvimento englobados na transição para a parentalidade. Esta transição inicia-se na gravidez, mas só finaliza quando pai/mãe desenvolvem confiança no desempenho dos seus papéis (1). Rever barreiras e facilitadores que contribuem para a confiança dos pais, no cuidado ao recém-nascido, pode facilitar o diagnóstico de necessidades dos pais e posteriormente o planeamento de intervenções centradas na tríade mãe-pai-recém-nascido, que contribuam numa transição positiva da parentalidade. Objetivo Mapear a evidência científica sobre barreiras/facilitadores de desenvolvimento da confiança dos pais no cuidado ao recém-nascido. Métodos A questão de revisão é: Quais as barreiras e facilitadores que contribuem para a confiança parental no cuidado ao recém-nascido? Seguiram-se as orientações do Joanna Briggs Institute (JBI)(2) para scoping reviews. Foram pesquisados artigos científicos nas bases de dados MEDLINE Ultimate, CINAHL Ultimate, MedicLatina, Cochrane of Systematic Reviews, Web of science e PUBMED. Incluiram-se artigos publicados até abril de 2024. Foram selecionados os descritores de pesquisa: father*, mother*, parents*, self-confidence, confidence, trust, self-assessment, barrier*, obstacle*, difficult, facilitador*, enabl*, newborn e care. Resultados Foram identificados 746 artigos. Após aplicar critérios de elegibilidade e excluir os duplicados foram incluídos 15 artigos, com 1477 participantes. Os dados extraídos foram agrupados em barreiras e facilitadores que contribuem para o desenvolvimento da confiança dos pais no cuidado ao recém-nascido: barreiras/facilitadores tecnológicos, sociais, fisiológicos, educativos, profissionais e género. Conclusão As barreiras enfrentadas pelas mães são melhor identificadas do que as vivenciadas pelos pais. Os pais relatam sentir-se menos valorizados e apoiados no pós-parto. A continuidade de cuidados com o mesmo enfermeiro obstetra, durante o pré-natal e o pós-natal facilita a confiança dos pais. A confiança deve ser trabalhada tanto no pré-natal como no pós-parto, assegurando uma transição positiva da parentalidade.

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