Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Aug 1973)

A febre como manifestação clínica da toxoplasmose adquirida, forma linfoglandular

  • Vicente Amato Neto,
  • Yvone Khairallah de Oliveira e Silva,
  • Sélia Reiko Konichi

Journal volume & issue
Vol. 7, no. 4
pp. 219 – 224

Abstract

Read online

Analisaram os autores aspectos relativos à febre em casuística constituída por 100 pacientes, de ambos os sexos e diversas idades, acometidos de toxoplasmose adquirida, forma linfoglandular. Paralelamente, outras manifestações clínicas da doença foram consideradas. Como fatos fundamentais apuraram que hipertermia não faz parte, de maneira constante, da configuração clínica da citada modalidade da protozoose. Ela esteve ausente em pelo menos 27% dos indivíduos computados no estudo e, quando notada, persistiu em geral durante período não superior a um mês e menos do que algumas outras queixas, tendo comumente demonstrado predomínios vespertinos. A constatação referente à fase de permanência das elevações térmicas encerra significado prático, sobretudo na tentativa de elucidação de processo mórbido qualificado como febre de origem indeterminada, pois deve limitar, muitas vezes, interpretações não coerentes com o fato verificado.In this paper the authors analyze several aspects related to fever in 100 patients, of both sexes and different ages, bearers of acquired toxoplasmosis, lymphadenopathic form. Simultaneously, other clinical manifestations of the disease were considered as well. As basic finding the authors observed that fever was not at all a constant sign in the clinical picture of the said form of the disease. It was absent in at least 27% of the studied patients; when present, it lasted in general for a period of time not longer than one month and less than some other symptoms. Usually, fever was higher in the afternoon. The facts above are of practical importance, and should be taken into account whenever a discussion on differential diagnosis of fever of unknown origin is under consideration.