Contexto & Educação (Mar 2016)

EDITORIAL Sobre Ensino e Formação Docente

  • Maria Cristina Pansera de Araujo,
  • Celso José Martinazzo,
  • Maria Simone Vione Schwengber,
  • Solange Schorn

DOI
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2015.96.1-3
Journal volume & issue
Vol. 30, no. 96

Abstract

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A Revista Contexto & Educação, em seu número 96, dedica-se à discussão dos temas sobre o ensino em seus diferentes campos e a formação docente em suas questões de caráter teórico-metodológico. Esta publicação é composta por nove artigos e apresenta temas atinentes à educação ambiental, ensino da música, a arte de escrever, currículo de cursos on-line, a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão, metodologia de ensino, educação física, epistemologia e sociologia da educação. No artigo A arte de escrever e orientar um texto: enfrentando os dois flagelos da alma humana: as armadilhas do desejo e a presunção da verdade, Lúcia Schneider Hardt discute a função da orientação em um curso de mestrado considerando o campo da Filosofia da Educação. Indica e descreve o processo formativo dos sujeitos que se encontram em função de desejos semelhantes, que é conseguirem o grau de mestre e como isso repercute nas interações e produções efetivadas. Considerando as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que preconiza a Arte como componente curricular obrigatório nas escolas, Cristhian Moreira Brum e Claudia Gaida, no artigo O Ensino da Música: um olhar qualitativo de ambientes de ensino-aprendizagem da música quanto ao aspecto construtivo-arquitetônico, apresentam uma reflexão sobre a qualidade dos ambientes de ensino-aprendizagem da música quanto ao aspecto construtivo-arquitetônico, nas aulas de Artes. A preocupação está nas condições acústicas das salas de aula, uma vez que a inadequação desses espaços pode desencadear problemas no processo de aprendizagem musical. A partir de uma pesquisa realizada em 2011 com a participação de 112 alunos concluintes do ensino fundamental em uma escola da rede pública no município de Uruguaiana/RS, Edward Frederico Castro Pessano, Claudia Lisiane Azevedo Pessano, Vanderlei Folmer, Robson Luiz Puntel relatam a busca em avaliar a utilização do Rio Uruguai como tema para a promoção da educação ambiental e analisar uma estratégia pedagógica para a melhoria dos processos educacionais. Tal análise é apresentada no artigo O Rio Uruguai como tema para a Educação Ambiental no ensino fundamental. Na sequência, o artigo intitulado Redes de conversação: virtualizações e atualizações na tessitura do Currículo de um Curso On-Line de Licenciatura em Ciências, escrito por Ivane Almeida Duvoisin e Débora Pereira Laurino, trata da investigação sobre o fluxo do linguajear e do emocionar do habitar humano emergente da rede de conversação (RP) que foi se constituindo no conversar sobre um curso On-line de Licenciatura de Ciências para elaborar o Projeto Pedagógico e o Currículo do curso. Para compreender o fenômeno foi preciso entender o processo de virtualização, ou seja, a emergência das recordações, evocações, imaginações e simulações que o linguajear e o emocionar na RP possibilitavam aos professores, enquanto atualizavam o currículo que estava em constante movimento. As autoras empregaram como marco teórico conceitos cunhados por Humberto Maturana e por Pierre Lévy, que ampliam as compreensões do processo estabelecido. Em Ações e implicações da atuação docente no ensino superior: (im) possibilidades de (in) dissociar ensino, pesquisa e extensão, os autores Fabio Jardel Gaviraghi e Daniela Medeiros problematizam a questão do perfil dos docentes de ensino superior, que consideram parcialmente ou não consideram as atividades de pesquisa e extensão na sua atuação no ensino discutindo os conceitos de (de) formação e autonomia docente junto a algumas políticas públicas as quais orientam a atuação deste profissional no ensino superior. O modo pelo qual o jogo pode ser pensado como saber sistematizado e epistêmico, nas aulas de Educação Física, é examinado e discutido por Glycia Melo Oliveira Silva e Iraquitan de Oliveira Caminha no artigo Epistemologia e educação física escolar: o jogo como conhecimento. Iael de Souza, em Sociologia da Educação – as relações entre o modo de produção capitalista e os modos de educar, tece relações entre o modo de produção capitalista, os modos de educar, o mundo do trabalho e as instituições escolares, demonstrando como a sociologia da educação, a partir de uma perspectiva crítica, de totalidade social, pode corroborar para a construção da hegemonia da classe trabalhadora para além das instituições de ensino. A autora Rosilaine Aparecida Pinto, em seu artigo Métodos de ensino e aprendizagem sob a perspectiva da Taxonomia de Bloom, analisa se os métodos de ensino utilizados por uma Instituição de Educação Superior colaboram para o alcance dos objetivos da aprendizagem propostos. Finalizando esta edição, com o artigo A teoria e prática no “educar pela pesquisa”: análise de dissertações em educação em ciências, João Batista Harres propõe compreender como o princípio do Educar pela Pesquisa (EPP) tem sido levado à prática nas pesquisas de mestrado na área de Educação em Ciências do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da PUCRS (PPGEDUCEM). Convidamos os leitores a compartilhar essas reflexões. Maria Cristina Pansera Araújo Celso José Martinazzo Maria Simone Vione Schwengber Solange Castro Schorn