Revista Brasileira de Anestesiologia (Dec 2013)

Anestesia para craniotomia em paciente acordado: relato de caso

  • Nelson Davi Bolzani,
  • Daisy de Oliveira Pollon Junqueira,
  • Paulo André Pinheiro Fernandes Ferrari,
  • Antonio Fernandes Ferrari,
  • Felipe Gaia,
  • Caroline Moraes Tapajós,
  • José Francisco Cursino de Moura Junior,
  • Edmundo Pereira de Souza Neto

DOI
https://doi.org/10.1016/j.bjan.2013.09.001
Journal volume & issue
Vol. 63, no. 6
pp. 500 – 503

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Alguns procedimentos intracranianos são possíveis com pacientes acordados e os desafios vão da cooperação do paciente até a homeostasia. O objetivo é apresentar um caso de cirurgia intracraniana para exérese de tumor em lobo parietal esquerdo com o paciente em estado vígil. RELATO DE CASO: Após seleção do paciente e preparo psicológico, foi esclarecida e aceita a proposta de exérese de lesão parietal esquerda em estado vígil. Administraram-se propofol e remifentanil em perfusão contínua para manter o escore de Ramsay entre 2-3. Foi feito um bloqueio bilateral do escalpo com ropivacaína. Foi instalado o fixador de Mayfield e os campos cirúrgicos foram ajustados para manter vias aéreas e olhos acessíveis para o mapeamento com eletroestimulação e exérese da lesão. Para incisão da dura-máter foi aplicada uma compressa com lidocaína 2% por três minutos. A cirurgia transcorreu sem intercorrências. O paciente recebeu alta hospitalar no sétimo dia de internação sem apresentar complicação. CONCLUSÃO: Apesar de ser um desafio manter analgesia e estabilidade hemodinâmica com o paciente acordado, a infusão alvo-controlada do propofol estabeleceu o nível de consciência desejado; a do remifentanil titulou a analgesia e a sedação sem o acúmulo da droga e o bloqueio com a ropivacaína, uma analgesia satisfatória. Concluímos que a técnica anestésica foi satisfatória para nosso paciente.

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