Cuadernos de Antropología Social (Jul 2011)
Entre héroes y traidores: Sentidos militares y militantes acerca del rol de los conscriptos en los años 70 Entre heróis e traidores: Sentidos militares e militantes sobre o papel dos recrutas nos anos 70 Between heroes and traitors: Military and militant meanings regarding conscripts' role in the 70s
Abstract
En este trabajo analizaremos cómo las autoridades militares argentinas concibieron el rol que los conscriptos debían jugar en la autodenominada "lucha contra la subversión", en el contexto de violencia política previo al golpe de estado del 24 de marzo de 1976. En primer lugar, mostraremos que los soldados que cumplían el servicio militar obligatorio fueron interpelados no sólo por el Ejército sino también por el PRT-ERP, apelando en ambos casos a los valores morales del 'heroísmo' y del 'sacrificio' de la propia vida. En segundo lugar, argumentaremos que el personal militar fundó una lógica binaria "héroe"-"traidor" como parámetro para juzgar moralmente las conductas de los conscriptos. Por último, postularemos que se apuntaló ese código moral utilizando ideas de pureza, contaminación y peligro.Neste trabalho analisaremos como, nos anos setenta, as autoridades militares argentinas conceberam o papel que os soldados deviam desempenhar na autodenominada "luta contra a subversão", no contexto da violência política prévio ao golpe de estado acontecido no dia 24 de março de 1976. Em primeiro lugar, mostraremos que os recrutas foram interpelados não só por parte do exército, mas também pelo PRT-ERP, apelando em ambos os casos ao valor moral do 'heroísmo' e do 'sacrifício' da própria vida. Em segundo lugar, argumentaremos que os militares se apoiaram em uma lógica binária de "herói" - "traidor" como parâmetro para julgar moralmente as condutas dos recrutas, e afirmaremos que esse código moral foi sustentado através de ideias de pureza, contaminação e perigo.In this article we analyze the different ways in which, during the 70s, the Argentinean military authorities conceived the role that soldiers should play in the "struggle against subversion" in a context of political violence before the military coup on March 24 th 1976. To begin with, we expose that the conscripts serving the Compulsory Military Service were subject to interpellation by both the army and the PRT-ERP. In addition, they both evoke moral values such as 'heroism' and 'self-sacrifice'. Secondly, we sustain that the military personnel instituted a binary logic hero - traitor as a parameter to morally judge the conscripts' behavior. The article proposes that this moral code was settled based on ideas of purity, contamination and danger.