Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Jun 2008)

Lysine clonixinate versus dipyrone (metamizole) for the acute treatment of severe migraine attacks: a single-blind, randomized study Clonixinato de lisina versus dipirona (metamizol) para o tratamento agudo de uma crise intensa de enxaqueca: estudo monocego e randomizado

  • Abouch Valenty Krymchantowski,
  • Henrique Carneiro,
  • Jackeline Barbosa,
  • Carla Jevoux

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-282X2008000200015
Journal volume & issue
Vol. 66, no. 2a
pp. 216 – 220

Abstract

Read online

BACKGROUND AND OBJECTIVE: Nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAID) are effective to treat migraine attacks. Lysine clonixinate (LC) and dipyrone (metamizol) have been proven effective to treat acute migraine. The aim of this study was to evaluate the efficacy and tolerability of the intravenous formulations of LC and dipyrone in the treatment of severe migraine attacks. METHOD: Thirty patients (28 women, 2 men), aged 18 to 48 years with migraine according the International Headache Society (IHS) (2004) were studied. The patients were randomized into 2 groups when presenting to an emergency department with a severe migraine attack. The study was single-blind. Headache intensity, nausea, photophobia and side effects were evaluated at 0, 30, 60 and 90 minutes after the drug administration. Rectal indomethacin as rescue medication (RM) was available after 2 hours and its use compared between groups. RESULTS: All patients completed the study. At 30 minutes, 0% of the dipyrone group 13% of the LC group were pain free (p=0.46). At 60 and 90 minutes, 2 (13%) and 5 (33%) patients from the dipyrone group and 11 (73%) and 13 (86.7%) patients from the LC group were pain free (pCONTEXTO E OBJETIVO: Antiinflamatórios não esteroidais (AINE) são eficazes no tratamento de crises de enxaqueca. O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia e a tolerabilidade das apresentações injetáveis do clonixinato de lisina (CL) e da dipirona no tratamento de crises intensas de enxaqueca. MÉTODO: Trinta pacientes (28 mulheres, 2 homens), com idades entre 18 e 48 anos e enxaqueca de acordo com a Classificação Internacional de Cefaléias (2004) foram estudados. Os pacientes foram randomizados em 2 grupos ao se apresentarem em uma unidade de emergência, com uma crise intensa de enxaqueca. O desenho do estudo foi monocego. A intensidade da cefaléia, a presença de náusea e fotofobia e os efeitos colaterais foram avaliados e comparados na administração das drogas e após 30, 60 e 90 minutos. Indometacina retal foi disponibilizada como droga de resgate (DR) e seu uso comparado entre os grupos. RESULTADOS: Todos os pacientes completaram o estudo. Após 30 minutos, 0% do grupo da dipirona e 13% do CL encontravam-se sem cefaléia (p=0,46). Após 60 e 90 minutos, 2 (13%) e 5 (33%) do grupo da dipirona e 11 (73%) e 13 (86,7%) do grupo do CL encontravam-se sem cefaléia (p<0,001). Após 60 minutos, o CL foi mais eficaz que a dipirona em eliminar a náusea (p<0,001), mas não houve diferença quanto à melhora da fotofobia entre os grupos (p=0,11). Não houve diferenças entre os grupos que utilizaram DR (p=0,50). Dor no local da injeção foi apresentada por mais pacientes que usaram CL comparados aos da dipirona (p<0,001). CONCLUSÃO: O CL é significativamente superior a dipirona no tratamento de uma crise intensa de enxaqueca, mas resulta em mais queimação no local da injeção.

Keywords