Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Aug 2011)

Lessons from the epidemiological surveillance program, during the influenza A (H1N1) virus epidemic, in a reference university hospital of Southeastern Brazil Lições aprendidas pelo programa de vigilância epidemiológica, durante a epidemia pelo vírus da influenza A (H1N1), em um hospital universitário na região sudeste do Brasil

  • Maria Luiza Moretti,
  • Verônica Sinkoc,
  • Luis Gustavo de Oliveira Cardoso,
  • Gema Jesus de Camargo,
  • Luis Felipe Bachur,
  • Christian Cruz Hofling,
  • Rodrigo Angerami,
  • Plínio Trabasso,
  • Márcia Teixeira Garcia,
  • Mariângela Ribeiro Resende

Journal volume & issue
Vol. 44, no. 4
pp. 405 – 411

Abstract

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INTRODUCTION: The case definition of influenza-like illness (ILI) is a powerful epidemiological tool during influenza epidemics. METHODS: A prospective cohort study was conducted to evaluate the impact of two definitions used as epidemiological tools, in adults and children, during the influenza A H1N1 epidemic. Patients were included if they had upper respiratory samples tested for influenza by real-time reverse transcriptase polymerase chain reaction during two periods, using the ILI definition (coughing + temperature > 38ºC) in period 1, and the definition of severe acute respiratory infection (ARS) (coughing + temperature > 38ºC and dyspnoea) in period 2. RESULTS: The study included 366 adults and 147 children, covering 243 cases of ILI and 270 cases of ARS. Laboratory confirmed cases of influenza were higher in adults (50%) than in children (21.6%) ( p INTRODUÇÃO: A definição de síndrome gripal é uma ferramenta epidemiológica importante durante epidemias de influenza. MÉTODOS: Foi conduzido estudo de coorte prospectivo para avaliar o impacto das definições de síndrome gripal (SG) e doença respiratória aguda grave (DRAG) como ferramenta de vigilância epidemiológica, em adultos e crianças, durante a epidemia de influenza A H1N1. Os pacientes foram incluídos se tivessem coleta de secreção respiratória alta testada por PCR real time para o vírus da influenza. Os dados clínicos e epidemiológicos foram estudados comparando-se dois períodos: período 1: SG (tosse + temperatura > 38ºC), e período 2: DRAG (tosse + temperatura > 38 e dispnéia). RESULTADOS: Foram incluídos 366 adultos e 147 crianças, em um total de 243 casos de SG e 270 DRAG. A confirmação laboratorial de influenza em adultos (50%) foi significativamente maior do que em crianças (21,6%) (p < 0,0001) e a definição de SG foi mais confirmatória de infecção por influenza (53%) do que DRAG (24,4%) (p < 0,0001). Adultos referiam mais calafrios e mialgias do que as crianças (p = 0,0001). Oseltamivir foi prescrito, respectivamente, em 58% e 46% dos adultos e crianças com influenza A H1N1. A letalidade por influenza A H1N1 foi de 7% em adultos e 8,3% em crianças. CONCLUSÕES: A mudança de definição do critério de vigilância epidemiologia de SG para DRAG resultou em redução significativa da acurácia do diagnóstico de influenza e não contribuiu para melhor indicação do antiviral como também para a sua prescrição no tempo apropriado.

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