Cena (Apr 2021)

O RELATO BORDEJANTE DO REAL TRAUMÁTICO DA GUERRA EM CAMPO MINADO, DE LOLA ARIAS: SILÊNCIOS, PAUSAS E A RECUSA A REPRESENTAR A TORTURA

  • Giorgio Zimann Gislon

DOI
https://doi.org/10.22456/2236-3254.104249
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 33
pp. 64 – 73

Abstract

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Os traumas de guerra condicionam corporal e psiquicamente os sujeitos a retornarem repetidamente a eles em revivências corporais, seja em sonhos, seja quando lembram dos acontecimentos da guerra. A partir da teoria psicanalítica dos traumas de guerra e de trechos de cenas de Campo Minado de Lola Arias, neste artigo, mostramos que escutar traumas de guerra no palco demanda uma disponibilidade da direção da cena e dos espectadores em perceber que o real traumático se apresenta precisamente nas pausas, nos silêncios, no momentos em que os atores cessam de dizer. Palavras-chave Atores Não Profissionais. Guerra das Malvinas. Minefield. Teatro Documentário. Teatro do Real.