Ethic@: an International Journal for Moral Philosophy (Sep 2010)
Por que Hume não é emotivista?
Abstract
Na tradição filosófica contemporânea principalmente no âmbito da filosofia analítica, a filosofia moral de David Hume é considerada como legítima representante e precursora da Escola Emotivista. Para essa escola, Hume apresentou de forma definitiva com os argumentos da dicotomia ser/dever-ser (is/ought), suas críticas à metafísica e ao racionalismo, os campos e limites da moralidade. Assim, os emotivistas consideram que questões morais não podem ser derivadas de fatos ou, mais radicalmente, não teriam nenhuma base de racionalidade, sendo puramente manifestação das emoções e paixões. Nesse trabalho, apresentamos dificuldades para a interpretação emotivista e sustentamos que o princípio da simpatia (sympathy) e a teoria do espectador judicioso (judicious spectator) presentes na filosofia moral humeana oferecem suporte para uma interpretação alternativa.
Keywords