Horizonte (Apr 2018)

Turismo religioso, adventismo e lugares de memória

  • Rodrigo Follis

DOI
https://doi.org/10.5752/P.2175-5841.2018v16n49p38-65

Abstract

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Halbwachs coloca três possibilidades de constituição da memória oficial de um grupo religioso, a saber 1) um evento; 2) uma pessoa; ou, 3) um local geográfico. Tal autor considera que o espaço geográfico sempre será a melhor das opções, devido a sua materialidade ao fornecer uma construção de memória menos efêmera. Assim, é possível enfatizar a importância das mais diversas denominações cristãs de focarem seus esforços em fortalecer o turismo religioso. Como estudo de caso, e a partir dessa base teórica, o presente artigo analisa o adventismo do sétimo dia, através de sua revista oficial, a Revista Adventista, em busca de se perceber como o periódico, nos últimos tempos, tem articulado a importância de lugares de memória do movimento e tem se aberto para o turismo religioso, mesmo que de maneira ainda embrionária. Conclui-se com um alerta de que a memória constituinte adventista, assim como de qualquer outro grupo religioso, precisa ser constantemente repensada e retransmitida aos membros. E os locais de memória, em conjunto com o turismo religioso, podem ajudar para a manutenção desse projeto.

Keywords