Trans/Form/Ação (Jan 2010)

Bulgakov's sophiology as philosopheme: non-ontology and ontogenesis A sofiologia de Bulgakov como filosofema: não-ontologia e ontogênese

  • Myroslav Feodosijeviè Hryschko

DOI
https://doi.org/10.1590/S0101-31732010000100010
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 1
pp. 203 – 224

Abstract

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The text examines Sergej Nikolajeviè Bulgakov's description of the philosopheme as thoroughly "immanent" (viz., the immanence of man qua being, such that ontology in Bulgakov becomes a conceptual analogue for immanence) and the corollary that such immanence necessarily excludes the problematic of the "creation of the world." Because of this resolute immanence and the notion that the creation of the world in the form of creatio ex nihilo requires a non-immanent or non-ontological thought and concept, the problematic for Bulgakov is approached only by a theologeme. Appropriating this argument as material for a cursory philosopheme, the text attempts to transform Bulgakov's theologeme into a philosopheme through an elision of God and dogma that overdetermines the theologeme. This philosopheme (nascent within Bulgakov's work itself, in both his hesitation to the overdetermination of immanence and the commitment to the problem of creation) would be a thoroughly non-ontological philosopheme, one that allows for the treatment of the problematic of "creation" or singular ontogenesis, yet with the corollary that this philosopheme must rely on an "ontological zero" Such a philosopheme qua ontologically empty formula nevertheless remains ontologically significant insofar as it is to evince the limit of ontology, in the ontological zero's non-relationality to ontology.O texto examina a descrição do filosofema de Sergej Nikolajeviè Bulgakov como completamente "imanente" [a saber, a imanência do homem qua ser, de modo que a ontologia em Bulgakov torna-se um análogo conceitual da imanência] e o corolário de que tal imanência necessariamente exclui a problemática da "criação do mundo". Em razão dessa imanência resoluta e da noção de que a criação do mundo na forma de creatio ex nihilo requer um pensamento e um conceito não-imanentes ou não-ontológicos, a problemática da "criação do mundo" para Bulgakov é abordada somente por um teologema. Apropriando-se desse argumento como material para um filosofema fugaz, o texto procura transformar o teologema de Bulgakov em filofosema, por meio de uma elisão de Deus e do dogma que sobredetermina o teologema. Esse filosofema [que nasce no interior da própria obra de Bulgakov, em sua hesitação com respeito à sobredeterminação da imanência e ao compromisso com o problema da criação] seria um filosofema completamente não-ontológico, que permite o tratamento da problemática da "criação" ou ontogênese singular, ainda que com o corolário de que ele tem de depender de um "zero ontológico". Um tal filosofema qua fórmula ontologicamente vazia permanece não obstante ontologicamente significativo, à medida que ele evidencia o limite da ontologia, na não-relacionalidade do zero ontológico com a ontologia.

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