Psicologia & Sociedade (Apr 2011)
Natureza desumana: desmesuras do mundo ao homem Inhuman being nature: discourtesies of world for the man
Abstract
O presente artigo propõe-se a erigir um conceito de natureza imanente e paradoxal que dê sustento às práticas da psicologia social de desnaturalização das configurações sociais. A partir da problematização da natureza em autores fundamentais da filosofia, Aristóteles e Rousseau, elabora-se uma nova concepção de natureza desnaturada e livre das amarras das representações essencialistas e totalizantes do humanismo clássico e iluminista. Afirmando outra possibilidade de homem e humanidade para além da clausura de sua própria representação ideal e analítica, o conceito de natureza aqui erigido impede o esvaziamento das práticas de desnaturalização em slogan, ao fornecer para essa prática um substrato ontoepistêmico adequado às suas desmesuras ao humano. Abre-se então a possibilidade de operar conceitos fluidos como o de subjetivação e devir ao invés do de identidade e estado.This article proposes to build a concept of immanent and paradoxical nature that gives sustenance to the practices of the social psychology of denaturalization of social configurations. From the problematization of the nature in fundamental authors in western philosophy, Aristotle and Rousseau, a new concept of an unnatural nature is created, free from the essentialistic and totalizing representations of classical and enlightened humanism. Affirming further possibility of man and humanity beyond the closing of his/her own ideal and analytical representation, the concept of nature here erected prevent the practice of emptying in denaturalization slogan, to provide for this practice a-epistemic suitable substrate onto their disproportionate to the human. Then it opens up the possibility of operating fluid concepts such as subjectivity instead of becoming an identity and status.
Keywords