Revista Brasileira de Epidemiologia (Dec 2012)

Análise espacial dos casos humanos de esquistossomose em uma comunidade horticultora da Zona da Mata de Pernambuco, Brasil Spatial analysis of schistosomiasis human cases in the horticultural community of Zona da Mata of Pernambuco state, Brazil

  • Onicio Batista Leal Neto,
  • Thiago Yury Cavalcanti Galvão,
  • Fabrício Andrade Martins Esteves,
  • Ayla Maritcha Alves Silva Gomes,
  • Elainne Christinne de Souza Gomes,
  • Karina Conceição Gomes Machado de Araújo,
  • Constança Simões Barbosa

Journal volume & issue
Vol. 15, no. 4
pp. 771 – 780

Abstract

Read online

O objetivo deste trabalho foi descrever a distribuição espacial da esquistossomose na comunidade horticultora de Natuba, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Foi conduzido um inquérito parasitológico, onde foi examinado o material fecal de 310 moradores da comunidade. Os casos positivos para Schistosoma mansoni foram georreferenciados e incluídos no croqui da localidade, gerando os mapas de distribuição espacial com estimadores de kernel. Os resultados apresentaram uma alta prevalência para esquistossomose, com 28,4% da população parasitada. Outros parasitos foram encontrados em 25,8% da população. O uso das ferramentas de geoprocessamento permitiu mapear e compreender a distribuição dos casos de esquistossomose no espaço ocupado pela comunidade, destacando e relacionando locais de menor altitude (passíveis de alagamento), com uma maior frequência de casos humanos. Estudos como este fornecem informações para que os serviços de saúde local possam intervir e promover mudanças para que indivíduos residentes em áreas com baixas condições habitacionais minimizem sua exposição ao risco de contrair a esquistossomose.The objective of this study was to describe the spatial distribution of schistosomiasis in horticultural community of Natuba, district of Vitória de Santo Antão, Pernambuco state. It was conducted a parasitological survey, examined the fecal material of 310 community residents. The cases positive for Schistosoma mansoni were geocoded and included in the computerized template of the community, generating maps of spatial distribution with kernel estimators. The results showed a high prevalence of schistosomiasis, with 28.4% of the parasites. Other parasites were found in 25.8% of the population. The use of GIS tools to map and understand the possible distribution of cases of schistosomiasis in the space occupied by the community highlighting and listing locations of lower elevation (able to flooding), with a higher frequency of human cases. Studies like this provide information to the local health services, may intervene and bring about change for individuals living in areas with low housing conditions to minimize their exposure to risk of contracting schistosomiasis.

Keywords