DST (Dec 2006)

Prevenção do HIV/aids em uma penitenciária-modelo feminina de São Paulo – SP, Brasil

  • Leila Strazza,
  • Raymundo S. Azevedo,
  • Heráclito B. Carvalho

Journal volume & issue
Vol. 18, no. 4

Abstract

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Introdução: a prisão não pode ser considerada apenas como um lugar eleito para afastar o indivíduo infrator da sociedade, nem somente para punição. Cabe aela também a difícil tarefa da reabilitação. As condições adversas contribuem para uma maior exposição, principalmente no que se refere às doenças infecciosas,e, no presente enfoque, ao HIV/aids. Objetivo: avaliar pontos positivos e negativos da prevenção do HIV/aids numa prisão-feminina de São Paulo–SP.Métodos: estudo transversal seguido de oficinas de sexo seguro realizados entre os meses de agosto e outubro de 2000. Resultados: 290 detentas concordaramcom este estudo, mas somente 267 delas participaram da sorologia:14% HIV+ (37/267). Idade: de 18 a 65 anos, crimes mais comuns: roubo e tráfico de drogas– 50% e 28,9%, respectivamente –, 53% eram solteiras, 58% tinham filhos, 52,7% possuíam primeiro grau incompleto, 22% destas mulheres relataram ter tidopelo menos uma DST no passado, 70% delas usa drogas ilícitas e 9% drogas injetáveis;176 detentas participaram da prevenção. Apresentação descritiva dosprincipais dados comparação com outras penitenciárias nacionais e internacionais. Descrição dos pontos positivos e negativos do processo de intervençãoeducativa entre os grupos de detentas. Conclusão: ações de prevenção contra o HIV/aids nas prisões são importantes, porém, mesmo numa prisão modelo,muitas barreiras para a execução destas ações são encontradas, mesmo quando se consegue permissão para a realização da sorologia e oficinas de sexo seguro.“Se numa Penitenciária-Modelo estas ações educativas encontram obstáculos, como será em prisões comuns?”.

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