Revista de Odontopediatria Latinoamericana (Jul 2022)
O impacto da hipomineralização molar incisivo na qualidade de vida de crianças brasileiras
Abstract
O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência da HMI, a severidade e o impacto na qualidade de vida, em crianças dos 8 aos 10 anos de idade. Foi avaliado um total de 864 crianças de ambos os sexos, na cidade de Vila Velha, ES. A avaliação clínica da HMI foi de acordo com os critérios diagnósticos da EAPD. Como critério de exclusão da investigação foram consideradas crianças com déficits cognitivos, neuropsicomotores e portadoras de aparelhos ortodônticos. A condição leve ou severa foi determinada através da avaliação da necessidade de tratamento 1 e do envolvimento de molares e incisivos permanentes. Para avaliar o impacto na qualidade de vida, foi aplicado o Questionário de Percepção Infantil, composto por 29 perguntas relacionadas aos sintomas orais, limitações funcionais, bem-estar emocional e social. Os resultados foram analisados após os testes estatísticos: Chi Square, Fischer e Poisson. Foi encontrada uma frequência de 183 crianças (21 %) com HMI, com125 (68,3 %) com o tipo severo a necessitar de tratamento. Na aplicação do CPQ, a sensibilidade e a dor nos dentes afetados apresentaram uma pontuação mais elevada, e quando este instrumento foi associado à presença ou ausência do HMI, os indivíduos afetados também tiveram um maior impacto neste domínio (P=0,04). Concluímos que a HMI afeta a população estudada na condição do tipo severa, exigindo cuidados dentários preventivos e restauradores, e pode ter um impacto negativo na qualidade de vida dos estudantes em relação à sua saúde oral, no que diz respeito aos sintomas orais.
Keywords