Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Dec 2009)

Perfil e prognóstico a longo prazo dos pacientes que recebem terapia insulínica em unidades de terapia intensiva clínico-cirúrgica: estudo de coorte Profile and long-term prognosis of glucose tight control in intensive care unit - patients: a cohort study

  • Márcia Inês Boff,
  • Márcio Pereira Hetzel,
  • Daniele Munaretto Dallegrave,
  • Roselaine Pinheiro de Oliveira,
  • Claúdia da Rocha Cabral,
  • Cassiano Teixeira

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-507X2009000400010
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 4
pp. 398 – 403

Abstract

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OBJETIVOS: Hiperglicemia induzida por estresse ocorre com freqüência em pacientes criticamente doentes e tem sido associada a aumento de mortalidade e morbidade tanto em pacientes diabéticos, quanto em não diabéticos. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil e prognóstico a longo prazo dos pacientes críticos que recebem terapia insulínica contínua na unidade de terapia intensiva. MÉTODOS: Coorte prospectiva, em que foram estudados os pacientes internados na unidade de terapia intensiva no período de 1 ano. Foram analisadas variáveis demográficas, escores de gravidade e o prognóstico a curto na unidade de terapia intensiva, e a longo prazo (2 anos da alta da unidade de terapia intensiva). Os pacientes foram classificados em 2 grupos: pacientes que receberam terapia insulínica contínua para controle glicêmico indicada pela equipe da unidade de terapia intensiva e pacientes que não receberam terapia insulínica. RESULTADOS: Dos 603 pacientes incluídos no estudo, 102 (16,9%) receberam terapia insulínica contínua, objetivando níveis glicêmicos OBJECTIVES: Stress-induced hyperglycemia is frequent in critically ill patients and has been associated with increased mortality and morbidity (both in diabetic and non-diabetic patients). This study objective was to evaluate the profile and long-term prognosis of critically ill patients undergoing tight glucose-control. METHODS: Prospective cohort. All patients admitted to the intensive care unit over 1-year were enrolled. We analyzed demographic data, therapeutic intervention, and short- (during the stay) and long-term (2 years after discharge) mortality. The patients were categorized in 2 groups: tight glucose control and non-tight glucose-control, based on the unit staff decision. RESULTS: From the 603 enrolled patients, 102 (16.9%) underwent tight control (glucose <150 mg/dL) while 501 patients (83.1%) non-tight control. Patients in the TGC-group were more severely ill than those in the non-tight control group [APACHE II score (14 ± 3 versus 11 ± 4, P=0.04), SOFA (4.9 ± 3.2 versus 3.5 ± 3.4, P<0.001) and TISS-24h (25.7 ± 6.9 versus 21.1 ± 7.2, P< 0.001)]. The tight control group patients also had worse prognosis: [acute renal failure (51% versus 18.5%, P<0.001), critical illness neuropathy (16.7% versus 5.6%, P<0.001)] and increased mortality (during the ICU-stay [60.7% versus 17.7%, P<0.001] and within 2-years of the discharge [77.5% versus 23.4%; P<0.001]). CONCLUSION: Critically ill patients needing tight glucose control during the unit stay have more severe disease and have worse short and long-term prognosis.

Keywords