Jornal de Pediatria (Versão em Português) (Jul 2020)
Mannose‐binding lectin gene polymorphism and its effect on short term outcomes in preterm infants
Abstract
Objective: Mannose‐binding lectin, which belongs to the collectin family, is an acute‐phase reactant that activates the complement system. This study aimed to investigate the effect of MBL2 gene polymorphism on short‐term outcomes in preterm infants. Method: Infants of <37 gestational weeks who were admitted to the neonatal intensive care unit during a two‐year period were enrolled in this prospective study. The neonates were categorized into two groups according to their MBL2 genotypes. Normal MBL2 genotype was defined as MBL2 wild‐type (AA genotype), whereas mutant MBL2 genotype was defined as MBL2 variant‐type (AO/OO genotype). The relationship between MBL2 genotype and short‐term morbidity and mortality was evaluated. Results: During the two‐year study period, 116 preterm infants were enrolled in this study. In MBL2 variant‐type, mannose‐binding lectin levels were significantly lower and incidences of mannose‐binding lectin deficiency (MBL level < 700 ng/mL) were higher (p < 0.001). In this group, the prevalence of respiratory distress syndrome and mortality was significantly higher (p < 0.001, p = 0.03 respectively). In the MBL2 wild‐type group, the prevalence of necrotizing enterocolitis (NEC) was higher (p = 0.01). Logistic regression analyses revealed that MBL2 variant‐type had a significant effect on respiratory distress syndrome development (odds ratio, 5.1; 95% confidence interval, 2.2–11.9; p < 0.001). Conclusions: MBL2 variant‐type and mannose‐binding lectin deficiency are important risk factors for respiratory distress syndrome development in preterm infants. Additionally, there is an association between MBL2 wild‐type and NEC. Further studies on this subject are needed. Resumo: Objetivo: A lectina ligante de manose (MBL, do inglês mannose‐binding lectin), que pertence à família das colectinas, é um reagente de fase aguda que ativa o sistema complemento. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito do polimorfismo do gene MBL2 em desfechos de curto prazo em prematuros. Método: Este estudo prospectivo incluiu crianças com menos de 37 semanas de gestação admitidas na unidade de terapia intensiva neonatal durante dois anos. Os neonatos foram categorizados em dois grupos de acordo com os genótipos do MBL2. O genótipo normal do gene MBL2 foi definido como MBL2 do tipo selvagem (genótipo AA), enquanto o genótipo mutante do gene MBL2 foi definido como o gene variante (genótipo AO/OO). Foi avaliada a relação entre o genótipo MBL2 e a morbidade e mortalidade em curto prazo. Resultados: Durante o período de dois anos, 116 bebês prematuros foram incluídos neste estudo. Os níveis de lectina ligante de manose foram significativamente menores nos variantes do MBL2 e as incidências de deficiência de lectina ligante de manose (nível de MBL < 700 ng/mL) foram maiores (p < 0,001). Nesse grupo, a prevalência de síndrome do desconforto respiratório (SDR) e a mortalidade foram significativamente maiores (p < 0,001, p = 0,03, respectivamente). No grupo MBL2 do tipo selvagem, a prevalência de enterocolite necrosante foi maior (p = 0,01). Análises de regressão logística revelaram que os genes variantes do MBL2 apresentaram um efeito significativo no desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório (odds ratio, 5,1; intervalo de confiança de 95%, 2,2–11,9; p < 0,001). Conclusões: As variantes do MBL2 e a deficiência de lectina ligante de manose são importantes fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório em neonatos prematuros. Além disso, existe uma associação entre MBL2 do tipo selvagem e a enterocolite necrosante. Mais estudos são necessários sobre esse assunto.