Contradição (Oct 2023)

MUSEUS FECHADOS

  • Alcione Gabardo Junior,
  • Maclovia Corrêa da Silva

DOI
https://doi.org/10.33872/revcontrad.v4n2.e052
Journal volume & issue
Vol. 4, no. 2

Abstract

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Os museus são instituições universais seculares que perceberam e incorporaram necessidades de adaptações constantes em suas práticas, como forma de garantir a relevância frente aos demais atores com os quais interage e a sua legitimidade institucional. Períodos de crises profundas provocam mudanças abruptas nos ambientes e exigem adaptação por parte da instituição como forma de garantir a sua sobrevivência. Tais processos adaptativos são intencionais e devem ser norteados pela razoabilidade da intensidade das mudanças sob risco de perda da identidade e invisibilidade da instituição, ou seja, a instituição existe, mas não é percebida pela diversidade de atores. Nesta perspectiva, surge a questão norteadora deste artigo ao interrogar que práticas podem ser adotadas pelas instituições em períodos de mudanças profundas sem que tais práticas constituam mudanças radicais nas finalidades institucionais? A metodologia adotada engloba uma discussão teórica sobre adaptação e mudanças nas instituições e a análise envolvendo a implementação de uma ação educativa por parte do Museu de Arte Indígena no contexto da crise sanitária provocada pela COVID-19. Destaca-se a ampliação das especialidades institucionais e consequente aumento da infusão de valores percebidos pelos atores com os quais o museu interage. Evidencia-se lacunas e oportunidades que afloram em ambientes de interação mesmo em períodos de crises profundas.

Keywords