Revista Brasileira de Epidemiologia (Jun 2005)

O mito da doença rara The rare disease myth

  • Ricardo Cordeiro

DOI
https://doi.org/10.1590/S1415-790X2005000200003
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 2
pp. 111 – 116

Abstract

Read online

Demonstra-se que estudos caso-controle podem estimar sem viés os parâmetros risco relativo e fração atribuível, sem que a doença estudada seja rara. Argumenta-se que a pressuposição de raridade da doença para que as estimativas de odds ratio obtidas em estudos caso-controles se aproximem da medida de risco relativo é um mito ainda hoje difundido, que teve suas origens nos primeiros trabalhos, estabelecendo e consolidando o método caso-controle, em meados do século XX.This paper shows that case-control studies can produce unbiased estimates of relative risk and attributable fraction without assuming that the studied disease is rare. It also discusses the still current myth that it is necessary to assume that a disease is rare in order to assure that odds ratio estimates are closer to relative risk measures in case control studies, showing that it comes from the beginning of the methodological development of case-control studies, in the mid 20th Century.

Keywords