Brazilian Journal of Veterinary Medicine (Dec 2013)
CRIOPRESERVAÇÃO DE SÊMEN EQUINO PREVIAMENTE REFRIGERADO COM E SEM PLASMA SEMINAL POR 12 HORAS
Abstract
Na espécie equina a utilização do sê- men congelado tem fatores limitantes como a necessidade de mão de obra especializada, o alto custo dos equipamentos, assim como locais apropriados nos haras para manipulação do sêmen. Com o objetivo de avaliar o efeito do plasma seminal na refrigeração do sêmen equino por 12 horas antes da criopreservação, o estudo foi conduzido com cinco garanhões da raça Mangalarga Marchador, com idade entre 4 e 8 anos. Foram realizadas 15 colheitas de sêmen, sendo que cada ejaculado foi divido em três grupos, e cada grupo foi dividido em dois subgrupos, utilizando diferentes meios extensores (Botu-Sêmen® e Botu-Turbo®). A amostra do Grupo I (controle) foi congelada logo após a coleta, o sêmen do Grupo II teve o plasma seminal mantido durante a refrigeração e o sêmen do Grupo III teve o plasma seminal retirado para refrigerar. Após o descongelamento, os parâmetros espermáticos de motilidade foram analisados utilizando CASA e a integridade da membrana plasmática foi avaliada por meio de sondas fluorescentes de diacetato de carboxifluoresceína e iodeto de propídio. A aná- lise estatística foi realizada através da ANOVA e teste de Tukey. Não houve diferença significativa (P>0,05) entre o sêmen, previamente a congelação, refrigerado com e sem plasma seminal para todos os parâmetros espermáticos avaliados, sendo estes motilidade total (50,5 vs 50,6), motilidade progressiva (21,3 vs 24,1) e integridade de membrana plasmática (26,2 vs 28). Os dados analisados indicaram que a refrigeração do sêmen equino por 12 horas antes da criopreservação é um método eficaz, que possibilita um melhor aproveitamento do ejaculado, independentemente da manutenção ou remoção do plasma seminal durante a refrigeração.