Gazeta Médica (Feb 2018)

Estado da Arte dos Doentes com Cancro do Pulmão de Não Pequenas Células: Doença Avançada e Mutação EGFR Positiva

  • Bárbara Parente

DOI
https://doi.org/10.29315/gm.v3i2.111
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 2

Abstract

Read online

O aparecimento de terapêuticas dirigidas, trouxe na última década uma enorme esperança para os doentes com cancro do pulmão. Os inibidores dos recetores do fator de crescimento epidérmico (EGFR), erlotinib e gefitinib (inibidores de tirosina quinase TKI), estiveram na vanguarda das mudanças da prática de tratamento para doença avançada do cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC), nos últimos 10 anos, com a descoberta de mutações EGFR que conferem sensibilidade a inibidores da tirosina quinase no CPNPC. O ano de 2004, marcou o início da era da medicina de precisão para o cancro do pulmão. Os estudos randomizados de fase III investigaram o papel de dois inibidores de EGFR-TKI, gefitinib e erlotinib, como tratamento de primeira linha em comparação com a quimioterapia à base de platina, em doentes com CPNPC doença avançada com mutações de ativação do EGFR. Um TKI de segunda geração (afatinib) encontra-se já aprovado pela EMA com a mesma indicação após resultados dos clínicos do Lux Lung 3 e 6. No entanto, os doentes com mutação EGFR positiva, regra geral, progridem após 10-12 meses de tratamento, necessitando de novas opções terapêuticas. Inibidores de 3ª geração entretanto desenvolvidos (dirigidos à mutação de resistência do T790M, e outras, após rebiópsia), demostraram uma notável eficácia, em doentes já tratados e com um perfil de toxicidade ainda menor que os TKI de 1ª e 2ª geração. Recebido: 30/05/2016 - Aceite: 03/06/2016

Keywords