Clinics (Jan 2006)

A pharmacoepidemiologic study of drug interactions in a Brazilian teaching hospital Um estudo farmacoepidemiológico de interações medicamentosas em um hospital universitário brasileiro

  • Joice Mara Cruciol-Souza,
  • João Carlos Thomson

DOI
https://doi.org/10.1590/S1807-59322006000600005
Journal volume & issue
Vol. 61, no. 6
pp. 515 – 520

Abstract

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PURPOSE: Although drug-drug interactions constitute only a small proportion of adverse drug reactions, they are often predictable and therefore avoidable or manageable. There are few studies on drug-drug interactions from Brazil. This study aimed to assess the frequency of drug-drug interactions in prescriptions and their potential clinical significance in patients of a Brazilian teaching hospital. METHODS: From January to April 2004, a sample of 1785 drug prescriptions was drawn from a total of 11,250. Drug-drug interactions were identified by using Micromedex® DrugReax® System. Patients'records with major drug-drug interactions were reviewed by a pharmacist and a medical doctor looking for signs, symptoms, and lab tests that could indicate adverse drug reactions due to such interactions. RESULTS: From the 1785 prescriptions examined, 1089 (61%) were from the male adult ward. Patients' average age was 52.7 years (SD = 18.9; range, 12-98). The median number of drugs in each prescription was 7 (range, 2-26). At least 1 drug-drug interactions was present in 887 (49.7%) prescriptions. Regarding the severity of the clinical result, the interactions were classified as minor (20; 2.3%), moderate (184; 20.7%), major (30; 3.4%), and undetermined because of an incidence of more than 1 interaction in a single patient (653; 73.6%). From the 30 patients with major interactions, 17 (56.7%) presented adverse drug reactions induced by exposure to a major drug-drug interaction. CONCLUSIONS: Patients did suffer adverse drug reactions from major drug-drug interactions. Many physicians may be unaware of drug-drug interactions. Education, computerized prescribing systems and drug information, collaborative drug selection, and pharmaceutical care are strongly encouraged for physicians and pharmacists.INTRODUÇÃO: Embora as interações medicamentosas constituam uma pequena parcela das reações adversas a medicamentos, elas geralmente são previsíveis e às vezes podem ser evitadas. As prevalências de interações medicamentosas em hospitais são escassas no Brasil. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de interações medicamentosas em prescrições hospitalares e seu significado clínico em pacientes de um hospital universitário brasileiro. MÉTODOS: Uma amostra de 1785 prescrições de enfermaria de adultos foi coletada de um total de 11.250 aviadas no período de janeiro a abril de 2004. As interações medicamentosas foram identificadas pelo Micromedex. Prontuários de pacientes com interações medicamentosas graves foram examinados por um médico e uma farmacêutica a busca de resultados laboratoriais que confirmassem a ocorrência da interação medicamentosa. RESULTADOS: As prescrições eram de pacientes masculinos (1089; 61%) em sua maioria. A idade média dos pacientes foi de 52,7 anos (DP=18,9; variação de 12 a 98 anos). Cada paciente recebeu em média 7 medicamentos (variando de 2 a 26). Ao menos 887 (49,7%) das prescrições continham interação medicamentosa. As prescrições continham interação medicamentosa classificadas como leve (55; 3.1%), moderada (421; 23.6%) e grave (90; 5.0%). Em 321 (17.9%) prescrições foram encontradas mais de uma interação medicamentosa, cujo resultado clínico é desconhecido. Uma amostra de 33 prontuários com interações medicamentosas graves foram avaliadas, destes, 17 (51.5%) apresentaram reações adversas a medicamentos induzida por uma interação medicamentosa grave. CONCLUSÃO: Um grande número de pacientes sofre reações adversas a medicamentos como resultado de interações medicamentosas graves. Acreditamos que a maioria dos médicos desconheça a ocorrência de interações medicamentosas. Educação continuada, sistema computadorizado para prescrição, seleção de medicamentos em parceria com farmacêuticos e monitoramento farmacoterapêutico dos pacientes são recomendações para os profissionais da saúde.

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