Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Jan 2023)

Desfechos clínicos da terapia antifúngica em pacientes críticos de acordo com o timing para início do tratamento baseado no número de fatores de risco para infecção por fungos

  • Jamile Porto Almeida ,
  • Stela Mares Brasileiro Pessoa,
  • Carolina Cintra de Queiroz Medeiros,
  • Sóstenes Mistro

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.40
Journal volume & issue
Vol. 3, no. s.1

Abstract

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Introdução: As Infecções fúngicas representam um problema de saúde pois podem acarretar tanto prejuízos pessoais ao paciente, quanto complicações clínicas que resultam em diversas comorbidades, além de trazer prejuízos financeiros aos hospitais. Por isso, atentar aos vários fatores de risco que potencialmente podem contribuir para o desenvolvimento dessas infecções pode auxiliar na sua prevenção e, no caso de uma infecção já instalada, direcionar um diagnóstico precoce em tempo para iniciar o tratamento eficaz. Objetivo: Avaliar os desfechos clínicos resultantes da introdução da terapia antifúngica conforme o número de fatores de risco que cada paciente apresentava no momento da introdução. Métodos: Trata-se de uma coorte não concorrente baseada em dados retrospectivos, realizada em um hospital público localizado no interior da Bahia. Foram analisados pacientes internados na UTI de janeiro de 2014 a setembro de 2015, e que fizeram uso de tratamento com antifúngico. A coleta de dados se deu por meio de um questionário e as análises estatísticas foram realizadas através do programa SPSS versão 20.0.0. Resultados: Pacientes que apresentaram cinco fatores de risco tiveram 9,67 vezes maior risco de ir a óbito e, à medida que o número de fatores de risco aumentava a taxa de mortalidade também aumentou bem como o tempo de hospitalização. Conclusão: Quanto mais fatores de risco os pacientes internados na UTI apresentaram no dia da introdução da terapia antifúngica, maior foi a taxa de mortalidade e maior foi o tempo de hospitalização.