Revista Brasileira de Enfermagem (Aug 2011)

O (não)dito da AIDS no cotidiano de transição da infância para a adolescência

  • Cristiane Cardoso de Paula,
  • Ivone Evangelista Cabral,
  • Ivis Emilia de Oliveira Souza

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-71672011000400005
Journal volume & issue
Vol. 64, no. 4
pp. 658 – 664

Abstract

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Crianças infectadas por transmissão vertical do HIV transitam da infância para adolescência, e pouco se sabe sobre seu dia a dia. O objetivo foi compreender o (não)dito da AIDS em seu cotidiano. Após aprovação pelos Comitês de Ética em Pesquisa de três hospitais do Rio de Janeiro, entrevistou-se onze meninos(as) de 12 a 14 anos, que conheciam seu diagnóstico. A hermenêutica heideggeriana desvelou que o ser-adolescendo adquiriu a doença da mãe; ficou triste por ter familiares doentes; relembrou da revelação diagnóstica e do preconceito que os silenciavam, projetando-se como ser-de-possibilidades num movimento existencial. O cuidado ao ser-adolescendo precisa integrar as dimensões biológica, clínica, sociocultural, ética, política, assistencial e existencial.

Keywords