Revista CEFAC (Aug 2013)

Queixas orais e verificação da fala de indivíduos com síndrome da ardência bucal

  • Silvana da Gama Pastana,
  • Marília Heffer Cantisano,
  • Beatriz Oliveira Mariano,
  • Esther Mandelbaum Gonçalves Bianchini

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-18462013000400019
Journal volume & issue
Vol. 15, no. 4
pp. 904 – 912

Abstract

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OBJETIVOS: identificar queixas referentes às funções orais relacionadas ao sintoma de ardência bucal e verificar alterações na articulação da fala MÉTODO: participaram do estudo 22 indivíduos com faixa etária entre 44 a 78 anos, diagnosticados na Clínica de Estomatologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi realizado levantamento dos dados a partir de questionário específico e gravação audiovisual da fala utilizando fichário evocativo. RESULTADOS: foram relatados sintomas específicos de ardência por 77% dos sujeitos e em associação com dor por 23%. Sintomas associados como boca seca, alteração do paladar e olfato foram referidos por 86% dos indivíduos. A língua foi referida com sintoma de ardência em 82% dos indivíduos, representando a estrutura mais acometida. A intensidade da ardência foi referida como moderada por 64%. A forma de ocorrência do sintoma foi relatada como contínua por 64% dos indivíduos. Do total, 82% relataram fazer uso de estratégias para minimizar o sintoma da ardência. Em relação às funções orais, 27% queixaram-se de cansaço na fala, 14% de cansaço na mastigação e 9% de engasgos à deglutição, sendo que de 32% relataram aumento da intensidade da ardência na fala e 9% na mastigação. Na análise de fala, em 95% da amostra, não houve ocorrência de alteração, sendo a imprecisão articulatória identificada em 5% dos indivíduos avaliados. CONCLUSÃO: foram identificadas queixas orais como cansaço ao falar e mastigar e aumento da intensidade do sintoma de ardência nestas funções, não tendo sido evidenciadas modificações na articulação da fala nos indivíduos com Síndrome da Ardência Bucal investigados nessa pesquisa.

Keywords