Viso (Oct 2022)
É possível habitar um corpo dançante? Para uma anatomia furtiva dos afetos, ou corpa
Abstract
O ensaio busca pensar um corpo dançante, para uma nanopolítica dos afetos. O corpo como tarefa para uma transmutação de estados afetivos, do mapa de afetos do corpo. A transformação de estados afetivos só pode ser pensada tendo em vista que não existe uma essência no sujeito. E soma-se a isso o entendimento de que as emoções são fortuitas e contingenciais, ou seja, são dinâmicas. Não é possível prever o que pode nos acometer no acontecimento de um encontro. Se é possível afirmar que as emoções que sentimos se modificam e se transformam no processo histórico, tal nomadismo dos afetos também pode ser pensado numa escala nano, justamente num trabalho molecular sobre si. Realizar uma transformação ativa no nosso mapa de afetos é nos perguntar, como nos incita Didi-Huberman (2016), sobre como essa emoção aconteceu em mim, no meu corpo; e por que aconteceu.
Keywords