Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Dec 2008)

Prevenção de aderências pericárdicas pós-operatórias com uso de carboximetilquitosana termoestéril Prevention of postoperative pericardial adhesions using thermal sterile carboxymethyl chitosan

  • Luiz Renato Dias Daroz,
  • Jackson Brandão Lopes,
  • Luis Alberto Oliveira Dallan,
  • Sérgio Paulo Campana-Filho,
  • Luiz Felipe Pinho Moreira,
  • Noedir Antônio Groppo Stolf

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-76382008000400005
Journal volume & issue
Vol. 23, no. 4
pp. 480 – 487

Abstract

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OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo avaliar alterações físico-químicas da carboximetilquitosana após termoesterilização e sua eficácia na prevenção de aderências pericárdicas pós-esternotomia. MÉTODOS: Após ser submetida a termoesterilização em autoclave, a carboximetilquitosana termoestéril (CMQte) foi submetida a análises físico-químicas. Doze animais foram divididos em dois grupos e submetidos à pericardiotomia e a protocolo de indução de aderências. A seguir, foi aplicada de forma tópica a CMQte ou solução salina. Após 8 semanas, foi realizada esternotomia e avaliação macroscópica do grau de aderências, tempo de dissecção e quantidade do uso de dissecção cruenta e avaliação microscópica. RESULTADOS: As análises físico-químicas não mostraram diferença entre a CMQ e CMQte. A avaliação macroscópica mostrou que a intensidade das aderências foi significantemente menor no grupo CMQte (P=0,007). O tempo de dissecção e o uso de dissecção cruenta também apresentaram reduções significativas (P=0,007, P=0,008; respectivamente). CONCLUSÃO: O método de esterilização empregado não alterou as propriedades físico-químicas da carboximetilquitosana. O uso de biopolímeros de barreira como a CMQte pode reduzir a intensidade das aderências pós-cirúrgicas no pericárdio, diminuindo as complicações da esternotomia em reoperações cardiovasculares.OBJECTIVE: The aim of this study is to evaluate CMC physical-chemical alterations after thermal sterilization and its efficacy in preventing poststernotomy pericardial adhesions. METHODS: After autoclaving thermal sterilization, thermal sterile Carboxymethyl Chitosan (CMCts) was submitted to physical-chemical analysis. Twelve animals were divided into two groups and underwent pericardiotomy and adhesion induction protocol. Afterward, topic CMCts or saline solution was administered. After 8 weeks, a sternotomy was performed for adhesion score macroscopic evaluation, dissection time and the amount of recalcitrant dissection, and microscopic evaluation. RESULTS: Physical-chemical analysis showed no difference between CMC and CMCts. A macroscopic analysis showed that the intensity of adhesions was significantly lower in the CMCts group (P=0.007). Dissection time and use of recalcitrant dissection also decreased significantly (P=0.007, P=0.008; respectively). Microscopic results indicated a significant reduction in the epicardium collagen area and in the total epicardium area (P=0.05) and (P=0.03). CONCLUSION: The sterilization method did not change Carboxymethyl Chitosan physical-chemical properties. Using barrier bipolymer, such as CMCts, can decrease the intensity of pericardium postoperative adhesions, reducing sternotomy complications in cardiovascular reoperations.

Keywords