Anais da Academia Brasileira de Ciências (Sep 2010)

Mid- to Late-Holocene estuarine infilling processes studied by radiocarbon dates, high resolution seismic and biofacies at Vitoria Bay, Espirito Santo, Southeastern Brazil

  • Alex C. Bastos,
  • Claudia G. Vilela,
  • Valéria S. Quaresma,
  • Fabiana K. Almeida

DOI
https://doi.org/10.1590/S0001-37652010000300022
Journal volume & issue
Vol. 82, no. 3
pp. 761 – 770

Abstract

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Vitoria Bay is a 20 km long estuary, morphologically narrow, with a microtidal regime and, as other modern estuaries, was formed during the last post-glacial transgression. The estuarine bed morphology is characterised by a main natural channel limited by tidal flats with developed mangroves. Original radiocarbon dates were obtained for the site. Five radiocarbon ages ranging from 1,010 to 7,240 years BP were obtained from two sedimentary cores, which represent a 5 m thick stratigraphic sequence. The results indicate that, until about 4,000 cal. yrs BP, environmental conditions in Vitoria Bay were still of an open bay, with a free and wide connection with marine waters. During the last 4,000 yrs, the bay has experienced a major regression phase, by becoming more restricted in terms of seawater circulation and probably increasing tidal energy. Three main stratigraphic surfaces were recognised, which limit trangressive, trangressive/highstand and regressive facies. The present channel morphology represents a tidal scouring surface or a tidal diastem, which erodes and truncates regressive facies bedding. Foraminiferal biofacies, which change from marine to brackish and mangrove tidal-flat environments, support the seismic stratigraphic interpretation. Absence of mangrove biofacies at one of the two cores is also an indication of modern tidal ravinement.A Baía de Vitória é um estuário com 20 km de comprimento, morfologicamente estreito, com um regime de micromaré e, como outros estuários modernos, formado durante a última transgressão pós-glacial. A morfologia de fundo do estrato estuarino é caracterizada por um canal natural principal limitado por planícies de maré com manguezais desenvolvidos. Datações de radiocarbono originais foram obtidas para a área. Cinco idades de radiocarbono estendendo-se de 1.010 a 7.240 anos AP foram obtidas através de dois testemunhos de sedimento, representando uma sequência estratigráfica de 5 m de espessura. Os resultados indicam que até aproximadamente 4.000 anos cal. AP, as condições ambientais da Baía de Vitória eram ainda de uma baía aberta, com uma conexão livre e aberta com águas marinhas. Durante os últimos 4.000 anos a baía experimentou uma fase de regressão importante, tornando-se mais restrita em termos de circulação da água do mar e provavelmente aumentando a energia de marés. Três superfícies estratigráficas principais foram reconhecidas, limitando fácies transgressiva, transgressiva/nível de mar alto e regressiva. A morfologia do canal atual representa um diastema de maré, mostrando fácies regressivas truncadas e erodidas. Biofácies de foraminíferos, passando de ambiente marinho para ambiente salobro e de manguezais em planície de maré confirmam a interpretação sismoestratigráfica. A ausência de biofácies de mangue em um dos dois testemunhos é tambémuma indicação de ravinamento de maré atual.

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