Psicologia: Reflexão e Crítica (Jan 2003)

O ter e o ser: representações sociais da adolescência entre adolescentes de inserção urbana e rural To have and to be: social representations of adolescence among adolescentes of urban and rural insertion

  • Priscilla de Oliveira Martins,
  • Zeidi Araújo Trindade,
  • Ângela Maria de Oliveira Almeida

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-79722003000300014
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 3
pp. 555 – 568

Abstract

Read online

Fundamentando-se na Teoria das Representações Sociais este trabalho analisa como adolescentes de diferentes inserções sociais representam a adolescência e dão sentido ao período em que vivem. Participaram desse estudo 360 adolescentes entre as idades de 14 e 23 anos: 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em região urbana, estudantes de escola particular, localizada em bairro considerado de classe média alta e alta, e 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em uma região rural e que estudam em escola agrotécnica pública. Os resultados indicaram que a adolescência para os dois grupos está ancorada na percepção tradicional da adolescência como fase universal e transitória. Ocorre, entretanto, uma diferenciação de acordo com os elementos culturais presentes nos grupos. Dessa forma, verificamos formas diferentes de vivenciar a adolescência, corroborando assim, a tendência mais recente que propõe a adolescência como uma condição construída historicamente.Based on the Theory of Social Representation the present work analyses how adolescents from different social background represent and understand adolescence. Three hundred and sixty adolescents from 14 to 23 years old participated in this research: 180 (90 female and 90 male) live in an urban area and study in a private school located in a high-middle class and high class neighborhood, and 180 (90 female and 90 male) live in a rural area and attend an agrotechnical public school.The results pointed out that both groups are anchored on a traditional perception of adolescence as a universal and transitory period. There is, however, a differentiation according to cultural elements present in both groups. Therefore, we observe different forms of experiencing adolescence which confirms the most recent tendency to see adolescence as a historically constructed condition.

Keywords