Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Dec 2008)

Evidência sorológica da infecção aguda pelo Toxoplasma gondii em gestantes de Cascavel, Paraná Serological evidence of acute Toxoplasma gondii infection in pregnant women in Cascavel, Paraná

  • Sônia de Lucena Mioranza,
  • Luciana Regina Meireles,
  • Eduardo Luís Mioranza,
  • Heitor Franco de Andrade Júnior

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86822008000600014
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 6
pp. 628 – 634

Abstract

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Para verificar a ocorrência da toxoplasmose em Cascavel, Paraná, cidade próxima a região onde ocorreu o maior surto epidêmico descrito mundialmente, 334 amostras de soros de gestantes foram triadas pelo ensaio imunoenzimático comercial IgG no Laboratório Municipal de Cascavel, e confirmadas no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo por imunofluorescência IgG, ensaio imunoenzimático e avidez de IgG in house. A soropositividade pelo IgG comercial foi 54,2%, pela imunofluorescência 54,8% e pelo IgG in house 53,9%, com boa concordância entre imunofluorescência/IgG comercial (Kappa=0,963781; co-positividade=97,8%; co-negatividade=98,7%) e imunofluorescência/IgG in house (Kappa=0,975857; co-positividade=97,8%; co-negatividade=100%). A evidência de infecção aguda nas gestantes foi similar tanto pela avidez de IgG (2,4% ao ano) como pela análise estatística de tendência (teste χ2) por faixa etária (2% ao ano), sugerindo que a triagem sorológica pré-natal e a vigilância epidemiológica são imprescindíveis para redução do risco da toxoplasmose na região, embora sem evidência de surto epidêmico.In order to investigate the incidence of toxoplasmosis in Cascavel, Paraná, a city near the region where the largest reported epidemic outbreak in the world occurred, 334 serum samples from pregnant women were screened using a commercial IgG immunoenzymatic assay at the Municipal Laboratory in Cascavel and were confirmed at the Institute of Tropical Medicine in São Paulo, by means of IgG immunofluorescence, immunoenzymatic assaying and the in-house IgG avidity test. The IgG seropositivity from the commercial test was 54.2%, from immunofluorescence 54.8% and from the in-house IgG 53.9%, with good agreement between immunofluorescence and the commercial IgG test (kappa = 0.963781; co-positivity = 97.8%; co-negativity = 98,7%) and between immunofluorescence and the in-house IgG (kappa = 0.975857; co-positivity = 97.8%; co-negativity = 100%). The evidence of acute infection among the pregnant women was similar, as estimated both by IgG avidity (2.4%/year) and by statistical trend analysis (χ2 test) according to age group (2%/year). This suggests that prenatal serological screening and epidemiological surveillance are essential for reducing the risk of toxoplasmosis in the region, although without evidence of an epidemic outbreak.

Keywords