Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

SUBTIPO MAIS RECORRENTE DENTRE OS LINFOMAS DE HODGKIN, DIAGNOSTICADOS ENTRE 2019 E 2023, NO HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO, LOCALIZADO NO ESTADO DA PARAÍBA

  • JFM Viana,
  • NMES Alves,
  • MBF Pimenta,
  • EUG Barbosa,
  • MAOM Teixeira,
  • YGS Medeiros,
  • LGL Leite,
  • GGD Nóbrega,
  • FCF Pimenta

Journal volume & issue
Vol. 46
p. S205

Abstract

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Objetivos: Descrever a fisiopatologia do subtipo mais recorrente de Linfoma de Hodgkin, diagnosticados nos anos de 2019 a 2023, no Hospital Napoleão Laureano (HNL), assim como suas características e tratamento. Material e métodos: Foi realizado um estudo observacional, individual e transverso, com 251 pacientes diagnosticados entre nos anos de 2019 à 2023, no estado da Paraíba. Sendo estratificados por ano do diagnóstico; sexo; etnia; estado civil; região de origem do paciente e nível de escolaridade. Os casos revistos foram analisados através do teste Qui-quadrado de Aderência. Resultados: O linfoma de Hodgkin é uma neoplasia hematológica constituída por uma minoria de células neoplásicas, cerca de 1%, cercadas por células que fazem parte do infiltrado inflamatório em redor. Estas células, desenvolvem-se a partir de células B do centro germinativo ou pós-centro germinativo, que sofreram alterações genéticas, permitindo a sua fuga à apoptose. Segundo a OMS, o linfoma de Hodgkin é dividido em duas classificações: “linfoma de Hodgkin clássico” (corresponde a aproximadamente 90% dos casos) e “linfoma de Hodgkin de predomínio linfocitário nodular” (cerca de 10% dos casos). No HNL, centro de referência no tratamento do câncer e doenças do sangue no estado da Paraíba, observou-se 48 casos de Linfoma de Hodgkin, diagnosticados entre 2019 e 2023. Entre os linfomas de Hodgkin, os tipos mais comuns foram: Linfoma de Hodgkin com predominância linfocítica (11,6%), Linfoma de Hodgkin com esclerose nodular (7,2%), enquanto que Linfoma de Hodgkin com celularidade mista houve apenas 1 caso (0,4%). A doença de Hodgkin nodular com predomínio linfocítico apresenta diversas características que sugerem sua relação com os linfomas não Hodgkin. Tais características incluem proliferação clonal de células B e imunofenótipo distinto; as células tumorais expressam a cadeia J bem como exibem CD45 e o antígeno da membrana epitelial (EMA), mas não expressam dois marcadores normalmente encontrados nas células de Reed-Sternberg, CD30 e CD15. Esse linfoma tende a seguir uma evolução recidivante crônica e, às vezes, transforma-se em linfoma difuso de grandes células B. Nos dias atuais, a terapêutica do linfoma de Hodgkin tem como alicerces principais a poliquimioterapia, radioterapia, anticorpos monoclonais e o transplante de células tronco hematopoiéticas. Estes “pilares do tratamento” podem ser utilizados de maneira isolada ou combinada e a escolha da melhor estratégia de manejo deve levar em conta o tipo histológico (clássico ou predomínio linfocítico nodular), o estadiamento clínico, os fatores prognósticos (fatores de risco) e a fase da doença (inicial ou em recidiva). Conclusão: Baseando-se no conhecimento da fisiopatologia de LHPLN, evidencia-se que uma maneira de limitar o seu risco é realizar uma investigação detalhada, com uma anamnese e exame clínico minucioso, através do acompanhamento por uma boa equipe multidisciplinar para que possam minimizar o diagnóstico tardio dessa malignidade, assim como colaborar com o tratamento e possível cura dos pacientes.