Geriatrics, Gerontology and Aging (Nov 2024)
Imunossenescência
Abstract
Introdução: O envelhecimento é um processo que envolve complexas mudanças celulares e moleculares, incluindo um declínio generalizado das funções imunológicas denominado de imunossenescência. As consequências clínicas da imunossenescência incluem uma maior suscetibilidade às infecções respiratórias, neoplasias e doenças cardiovasculares. Objetivo: Revisar as principais alterações celulares e moleculares da imunossenescência. Métodos: Revisão da literatura entre 1996-2011 por meio de pesquisa nos bancos de dados PubMed e SciELO. Resultados: Com o avançar da idade, as células do sistema imune inato e adaptativo exibem piora de função generalizada e um número reduzido de células T naïve. Além disso, há uma expansão de determinados clones de linfócitos T (principalmente as células CD8+CD28-), que se correlacionam com morbimortalidade em idosos. Apesar de os indivíduos idosos apresentarem uma resposta imune menos efetora, há um aumento da expressão de moléculas inflamatórias circulantes e do número de células NK, o que é caracterizado pelo inflammaging. Esse quadro pode contribuir na etiopatogenia e fisiopatologia de doenças inflamatórias como aterosclerose, doença de Alzheimer, entre outras. Além disso, durante a imunossenescência, há também presente uma pior resposta a vacinas e aumento de doenças infecciosas, tumores e autoimunidade. Conclusão: Compreender a relação entre o sistema imune e o envelhecimento é de grande importância para a saúde humana, particularmente no impacto das doenças relacionadas à idade. Além disso, também auxilia na promoção de intervenções específicas e mais eficazes para doenças em idosos.