Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Jan 1999)

Freqüência de diabetes mellitus e hiperglicemia em mulheres chagásicas e não-chagásicas

  • Santos Vitorino Modesto dos,
  • Cunha Selma Freire de Carvalho da,
  • Teixeira Vicente de Paula Antunes,
  • Monteiro Jaqueline Pontes,
  • Santos Jenner Arruda Modesto dos,
  • Santos Taciana Arruda Modesto dos,
  • Santos Lister Arruda Modesto dos,
  • Cunha Daniel Ferreira da

Journal volume & issue
Vol. 32, no. 5
pp. 489 – 496

Abstract

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Estudo retrospectivo de 647 mulheres com idade340 anos, atendidas no Hospital-Escola da FMTM, Uberaba-MG. As três sorologias para a doença de Chagas foram negativas nas controles (n = 285) e positivas nas chagásicas (n = 362), que foram classificadas nas formas indeterminada (n = 125), megas (n = 58) e cardíaca (n = 179). Diabetes mellitus foi definido por duas glicemias em jejum3140mg/dl e hiperglicemia por glicemia em jejum > 110mg/dl. Os grupos foram comparados pelos testes do c2, análise de variância, "t" de Student, Kruskal-Wallis e Mann-Whitney, considerando-se significativo p < 0,05. chagásicas e controles estavam pareadas quanto à idade, o índice de massa corporal e a cor. Diabetes mellitus foi mais freqüente na forma cardíaca (15,1%), comparada com as controles (7,4%), megas (7,4%) e assintomáticas (5,6%), o mesmo ocorrendo com a hiperglicemia (37,4%, 26,7%, 25,9% e 27,2%, respectivamente), achados que estão de acordo com possível desnervação parassimpática causada pelo Trypanosoma cruzi e conseqüente predomínio da atividade simpática.

Keywords